
Se as eleições para governador de São Paulo fossem hoje, Tarcísio de Freitas (Republicanos) seria reeleito para mais um mandato no Palácio dos Bandeirantes. Segundo o novo levantamento da Paraná Pesquisas divulgado nesta terça-feira (06/05). Nos dois cenários em que o atual governador aparece como um dos possíveis candidatos, ele vence com mais de 20 pontos porcentuais de diferença para o segundo colocado. O governador também é o mais citado no cenário espontâneo, em que os nomes não são apresentados ao eleitor. O ex-prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB) varia entre 4% e 7% nos diversos cenários apresentados.
No primeiro cenário estimulado, Tarcísio tem 42,1% das intenções de voto ante o segundo colocado, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), com 21,1%. Em terceiro, aparece a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que tem ganhado projeção com a campanha pelo fim da escala de trabalho 6×1, com 9,4% das menções.
Na sequência estão o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), com 5,5%, o prefeito tiktoker de Sorocaba (SP) e correligionário de Tarcísio, Rodrigo Manga (Republicanos), com 4,8%, e Paulo Serra, com 4%. O empresário Filipe Sabará (Republicanos), coordenador do plano de governo de Pablo Marçal (PRTB) nas eleições do ano passado pelo comando da capital paulista, aparece com 0,8%. Os que não souberam ou não responderam são 4,1%, e outros 8,2% votariam branco ou anulariam o voto.
No segundo cenário, sem a presença de Alckmin, Tarcísio aparece com 46,5%, seguido por Márcio França (PSB) com 11,9%, Erika com 9,7%, Padilha com 7,1%, Manga com 5,4%, Serra com 4,7%, Sabará com 0,8%. Não sabem ou não responderam somam 4,6% e outros 9,2% não escolheram um nome ou votariam em branco ou anulariam o voto.
O terceiro cenário projetado não conta com Alckmin e Tarcísio, e tem o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), como um dos citados. Nunes lidera com 29,5%, seguido por França com 16,2%, Erika com 10,1%, Manga com 8,7%, Padilha com 5,5%, Serra com 5,5% e Sabará com 1,8%. Outros 6,1% não sabem ou não responderam e 14,6% estão entre os votos brancos e nulos ou não escolheram um nome.
O quarto cenário formado pela pesquisa excluí Ricardo Nunes e coloca Gilberto Kassab (PSD) na disputa. Neste cenário, Márcio França lidera com 20,6%, seguido por Rodrigo Manga com 11,7%, Erika Hilton com 10,7%, Alexandre Padilha com 8,7%, Kassab com 6,7%, Paulo Serra com 6,6% e Felipe Sabará com 2,3%. Não sabem ou não responderam somam 7,6%. Outros 25% não escolheram um nome ou votariam em branco ou nulo.
O quito cenário testa o vice-governador Felício Ramuth (PSD). França lidera com 21,8%, seguido por Manga com 11,6%, Erika com 10,8%, Padilha com 9,2%, Serra com 7,1%, Ramuth com 4% e Sabará com 2,3%. Não sabem ou não responderam somam 8,1%. Nenhum/Branco/Nulo somam 25,2%.
O sexto e último cenário coloca o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL), como um candidato. França lidera com 21,8%, Manga conta com 11,4%, Erika aparece com 10,6%, Padilha tem 9,1%, Paulo Serra tem 7%, André aparece com 4,6% e Sabará conta com 2,5%. Não sabem ou não responderam 7,8% e Nenhum/Branco/Nulo somam 25,2%.
“Fico extremamente honrado com o reconhecimento dos paulistas que, certamente, acompanharam os oito anos de nossa gestão disruptiva em Santo André, com entrega de resultados, respeito ao dinheiro público e imprimindo eficiência nos serviços prestados. Agora, chegou a hora de poder fazer mais por nosso estado. Estamos crescendo nas intenções de voto, nos consolidando, ao meu ver, como importante opção de Centro”, justifica Paulo Serra, que preside a Executiva Estadual do PSDB paulista.
Bolsonaro
Tarcísio afirma que sua intenção é concorrer à reeleição em São Paulo em 2026. Contudo, é um dos principais nomes cotados pela direita para substituir Jair Bolsonaro (PL) na disputa à Presidência. O ex-presidente está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030.
Nas pesquisas de intenção de voto ao Planalto, Tarcísio e a mulher de Bolsonaro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), são os nomes mais fortes para concorrer contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Como mostrou a reportagem, o governador já afirmou em conversas reservadas que não vai se desincompatibilizar em abril do próximo ano (prazo máximo para quem concorrerá nas próximas eleições sair do atual cargo que ocupa) porque não quer perder o controle sobre o próprio destino. Tarcísio avalia não haver garantia de que Bolsonaro indicará um nome para sucedê-lo na eleição de 2026 com tanta antecedência. Mesmo assim, vem marcando presença nas manifestações bolsonaristas e tem colado sua imagem como braço direito do ex-presidente.
Em um segundo cenário, em que Alckmin não é listado, mas sim, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), as posições permanecem inalteradas, apenas com variações numéricas. Tarcísio mantém a liderança, com 46,5%, e França tem 11,9% das intenções de voto. Há duas semanas, o ministro afirmou que pretende disputar o governo de São Paulo no ano que vem.
Quando Tarcísio não é listado e seu nome dá lugar ao do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o emedebista também fica à frente de França, com 29,5% ante 16,2%. Já quando nem prefeito nem governador estão entre os nomes disponíveis, França pontua 20,6% das intenções, mas brancos e nulos (ou nenhum candidato) é a maior porcentagem, com 25%. Esse é o único cenário em que presidente nacional do PSD e secretário de Tarcísio, Gilberto Kassab, é listado, e teria o voto de 6,7% dos entrevistados.
Cenário espontâneo
No cenário espontâneo da pesquisa, em que os entrevistados devem indicar um nome sem ter acesso a uma lista de possíveis candidatos, Tarcísio aparece com 18,8% das menções. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), tem 1,2%, empatado com o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A pesquisa entrevistou 1.700 eleitores, em 85 municípios paulistas, entre os dias 1º e 4 de maio. A margem de erro é de 2,4 pontos porcentuais, e o índice de confiança de 95%.
Aprovação de gestão
A pesquisa também perguntou aos eleitores se aprovam ou desaprovam a administração do governador paulista até o momento. São 66,8% os que dizem aprová-la. Outros 28,9% dizem desaprovar o governo.
O índice pouco variou de acordo com a série histórica da pesquisa, desde novembro do ano passado, quando 68,8% aprovava a gestão de Tarcísio, e 26,7% desaprovava.
Para 49,5%, o trabalho do governador está “ótimo” ou “bom”, enquanto 18,4% consideram “ruim” ou “péssimo”.
Dados
A Paraná Pesquisas entrevistou 1,7 mil pessoas em 85 municípios paulistas, entre os dias 1º e 4 de maio. O grau de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é de 2,4 pontos percentuais para mais ou para menos. O instituto aponta que a pesquisa foi feita com recursos próprios.