
A prefeitura de Mauá vai interditar completamente a ponte rua Antônio das Neves, no Jardim Mauá. Há uma semana o RD mostrou que o asfalto sobre a ponte passou a apresentar uma ondulação importante e quem passa pelo local tem medo que ela possa cair. A prefeitura explica que a ponte será reconstruída dentro do projeto de construção do Novo Terminal Itapark e, por causa do início das intervenções, dentro de alguns dias aquela área será isolada e a ponte totalmente interditada.
A prefeitura explica que não vislumbra risco iminente naquela ponte. “A Secretaria de Proteção e Defesa Civil monitora a situação no local e, por enquanto, não identificou nenhum risco iminente. No entanto, encaminhou recomendações às secretarias de Mobilidade Urbana e Obras, que devem ser atendidas, na primeira etapa da construção do novo Terminal Itapark. Essas obras têm previsão de início na primeira semana de abril, devem ter duração de três meses, incluem a substituição da tubulação que está sob a rua, que ainda é de metal, por aduelas de concreto e ainda a recuperação asfáltica. Por conta da montagem do canteiro, já nos próximos dias, a passagem será completamente bloqueada”, diz, em nota, a administração.
Engenheiros que integram a direção da Asseam (Associação dos Engenheiros e Agrônomos de Mauá) consideram que a situação da ponte inspira preocupação. “A ponte foi feita sobre duas estruturas metálicas sem um aterramento adequado e sem proteção da água que já levou parte das pedras. Se, com uma chuva forte, aumentar o volume de água no córrego vai ter uma ruptura maior no asfalto”, disse o engenheiro civil Eduardo Ribeiro, diretor financeiro da associação e especialista em estrutura de concreto armado.
O engenheiro Fernando Delbone, especialista em infraestrutura urbana e conselheiro fiscal da Asseam considera defendeu a reconstrução da ponte como a prefeitura pretende fazer. “Aquela estrutura é inadequada, não cumpre nenhum requisito ou norma de engenharia e nem deveria estar lá. Defendo que seja reconstruída de forma adequada, porque do jeito que está ela oferece risco, não só para motoristas, mas para pedestres visto que, deu um dos lados não há guarda-corpo. Embaixo, um dos tubos já apresenta deformação por corrosão e pelo peso e não suporta mais carga”, aponta.
O presidente da associação, Rodnei Felicio, especialista em segurança de processo e análise de risco disse que informou a Defesa Civil do município sobre a situação e também defendeu a reconstrução da ponte.