Fadiga na esclerose múltipla é tema de palestra gratuita em Santo André

O Ambulatório de Esclerose Múltipla da Faculdade de Medicina do ABC programou para este sábado (25) palestra gratuita sobre “Fadiga na Esclerose Múltipla”. O evento das 10h às 11h30 é gratuito, direcionado ao público leigo e ocorrerá no Anfiteatro Prof. Dr. Paulo Goffi, na própria FMABC (Av. Príncipe de Gales, 821 – Santo André). Não é necessária inscrição prévia e os interessados podem se dirigir diretamente ao local.

Multiprofissional, a atividade contará com 3 palestras para abordagem do tema sob diferentes prismas. As convidadas serão a médica neurologista Dra. Maria Cristina Gioacomo, a assistente social Hellen Nascimento Mota e a terapeuta ocupacional Sílvia Helena Rezende.

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Segundo a professora de Neurologia e coordenadora do ambulatório, Dra. Margarete de Jesus Carvalho, a ideia é oferecer periodicamente eventos gratuitos e orientação à população sobre esclerose múltipla. Em março último, o campus universitário já havia sediado encontro sobre “Sexualidade e Esclerose Múltipla”, sob responsabilidade de Mirtes Oliveira – enfermeira especializada na área.

Esclerose Múltipla
Doença neurológica mais prevalente entre jovens na Europa e na América do Norte, a esclerose múltipla atinge aproximadamente 2 milhões de pessoas em todo o mundo. É mais comum em países de clima temperado e acomete com maior frequência o público feminino, na proporção de 2 mulheres para cada homem. O problema tem maior prevalência em adultos entre 20 e 40 anos, raramente atingindo crianças e idosos.

De causa desconhecida, a EM é doença inflamatória crônica que afeta o sistema nervoso central. Assim como lúpus e diabetes, é uma doença autoimune, caracterizada quando o sistema imunológico deixa de reconhecer o organismo e passa a combater não apenas inimigos como bactérias e vírus, mas também tecidos e células saudáveis. Na esclerose múltipla, o sistema imunológico agride a bainha de mielina – camada que envolve estruturas dos neurônios denominadas axônios.

A doença acomete diferentes partes do cérebro e da medula espinhal. A ocorrência dos surtos é imprevisível. Entre os principais sintomas estão visão dupla (diplopia) ou perda súbita da visão, fadiga, tontura, perda total ou parcial da força muscular, tremores, falta de coordenação motora, dificuldade para andar, alterações de fala, de memória e de sensibilidade.

Apesar de não ter cura, o tratamento medicamentoso é bastante eficaz. Os objetivos são reduzir o número e a gravidade dos surtos, assim como a quantidade e a dimensão das lesões, além de retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. 

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