
Aprender a gerenciar seu dinheiro, investir com sabedoria, construir uma riqueza duradoura e conquistar a independência financeira são objetivos que muitos almejam, mas poucos conseguem alcançar. Para mudar essa realidade, professor Volney Gouveia, coordenador do curso de Ciências Econômicas da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), dá dicas de como equilibrar as finanças.
Para mudar essa realidade, é importante desenvolver uma consciência financeira positiva, disciplinada e consistente. “A educação financeira é uma ferramenta essencial para a busca do equilíbrio nas finanças. É preciso saber gerenciar o orçamento, controlando gastos e impulsionando ganhos. Se deve buscar reduzir dívidas e aumentar a capacidade de poupar. São aspectos que exigem educação financeira e conhecimento sobre os produtos financeiros disponíveis no mercado”, explica.
O docente explica que o primeiro passo rumo à independência financeira é entender as dimensões dos problemas financeiros, buscando a redução daqueles gastos desnecessários. Além disso, deve-se lembrar que os juros de empréstimos e financiamentos são muito maiores do que os juros de investimentos. Ou seja, deve-se buscar dever menos e investir mais.
Diante dessas informações, o professor dá 10 dicas que contribuirão para alcançar uma vida financeira estável:
- Não se iluda com “promoções tentadoras”, avalie objetivamente se você precisa do bem oferecido ou apenas o quer naquele momento;
- Lembre-se que as melhores coisas da vida são de graça. Muitas atividades com amigos e família, por exemplo, custam pouco ou quase nada;
- “Gaste” o que você compra. Usar ao máximo os bens/serviços adquiridos é demonstração de inteligência financeira. Avalie isso antes de comprar;
- Antes de comprar, sempre se pergunte: eu quero ou eu preciso? Os desejos dos consumidores são infinitos, mas os recursos para atendê-los são finitos;
- Se ainda quiser comprar, pague um preço menor por aqueles bens que são supérfluos;
- Perca um bom negócio, mas não faça um mal negócio. Não compre/contrate algo quando ainda tiver dúvidas, ou porque determinada promoção tem prazo para acabar;
- Procure sempre pagar à vista, caso tenha desconto: Uma loja deveria, sempre, conceder desconto para o pagamento à vista. Ao não fazê-lo, é preferível parcelar. Mas cuidado para não contrair mais dívidas;
- Ganhe juros dos bancos; não pague juros para bancos. Lembre-se que os juros que são sempre maiores para quem deve (62,5 vezes maior);
- Quem não se preocupa com pouco não se preocupa com muito. Valorize as pequenas economias, principalmente aquelas que são recorrentes;
- Gaste depois de poupar, e não poupe depois de gastar. Procure sempre poupar recursos para depois gastá-los.
Quem pensa em investir (ou já investe), deve ter respostas às seguintes perguntas: quais são meus sonhos de curto e longo prazo? por quanto tempo não precisarei do dinheiro a ser investido? qual o propósito de guardar o dinheiro? “Entender o seu perfil como investidor e os propósitos para os quais você guarda dinheiro irá facilitar suas decisões financeiras”, diz Gouveia.
Por fim, é importante lembrar que o melhor investimento é em educação. A educação financeira permite transformar fluxo em estoque e estoque em renda permanente, proporcionando uma base sólida para a construção de riqueza duradoura e a conquista da independência financeira definitiva.