
A forte chuva que caiu entre a noite de sexta-feira (31/01) e madrugada de sábado (01/02) causou vários prejuízos no ABC. Árvores caíram, vários pontos de alagamento e deslizamentos de terra foram registrados, mas ninguém se feriu, pelo menos uma família teve que deixar sua casa por causa de risco de deslizamento em Santo André. As equipes das Defesas Civis dos municípios estão em alerta pois a chuva deve continuar até domingo.
A divisa de São Bernardo com Diadema, no bairro de Piraporinha foi uma das regiões mais castigadas. A prefeitura diademense informou que a cidade teve seis pontos de alagamento, além do Largo de Piraporinha, também foram atingidos o Jardim Casa Grande, onde o piscinão não comportou o volume de chuvas e transbordou; no bairro Eldorado e na Vila São José. Foram 12 pontos de deslizamentos, entre pequenos e médios, sem vítimas, e também seis quedas de árvores. A cidade não registra desabrigados ou vítimas. O paço de Diadema diz que 30 famílias tiveram prejuízos. São 93 as áreas de risco em monitoramento.
A prefeitura de São Bernardo contabilizou 73 milímetros em apenas 12 horas, índice superior à média dos últimos dias. “Em virtude da forte tempestade, até às 11h deste sábado (1°/2), equipes da prefeitura atenderam 18 ocorrências envolvendo deslizamentos, escorregamentos e quedas de árvores, todos os chamados sem vítimas. Houve ainda pontos de acúmulo de água em algumas vias da cidade, entre elas na Avenida 31 de Março, Avenida Dr. Rudge Ramos, Avenida Piraporinha (divisa com Diadema), Estrada dos Alvarengas (trecho do bairro Serro Azul), Rua Líbero Badaró, Avenida Roberto Kennedy. A situação nesses locais já foi normalizada no decorrer da madrugada”, diz informe da administração municipal.
A Defesa Civil Municipal de Ribeirão Pires registrou, entre a madrugada de sexta-feira (31) até o presente a tarde de sábado (1), quatro deslizamentos de terra provocados pela chuva intensa que cai sobre a região. A prefeitura informa que não há vítimas e nem imóveis danificados. Apenas queda de muro – com prejuízo ao acesso de uma casa, árvores e postes de iluminação nos locais onde aconteceram os deslizamentos. As ocorrências foram registradas nos bairros Quarta Divisão, Colônia, Jardim Valentina e Vila Suíssa. A Defesa Civil Municipal esteve nos locais junto com as equipes das secretarias de Zeladoria Urbana e de Segurança Urbana e Mobilidade para a sinalização das áreas e desobstrução e limpeza de vias, remoção de árvores. Em Ouro Fino, foi registrada queda de árvore. O prefeito Guto Volpi acompanhou a ocorrência da Quarta Divisão, na Rua José de Pierri, onde muro de contenção de um imóvel cedeu com o peso da terra encharcada. “Nossas equipes estão mobilizadas 24 horas para o atendimento aos chamados dos moradores. E a Defesa Civil do Estado emitiu alerta de chuvas intensas até este domingo. Importante sempre estarmos atualizados sobre as previsões de tempestade e atentos às orientações das autoridades de segurança”, destacou.
No Jardim Itapark, em Mauá, onde a chuva já traz preocupações aos moradores da rua Hermínio Pegoraro, foi mais uma madrugada de preocupações. Uma galeria de escoamento de água da chuva que passa entre casas da rua, está muito danificada e a água invadiu quintais na madrugada do sábado (01/02) com muita força, assustando os moradores que temem danos nas estruturas de sua casa. “O quintal da minha mãe virou um rio”, disse, preocupada, Maria de Lourdes. A prefeitura de Mauá não divulgou relatório sobre danos na cidade. No caso da rua apontada, já há até inquérito instaurado pelo Ministério Público para obras corretivas na galeria.
Em Diadema os ônibus não puderam circular ao lado do Terminal de Diadema e passageiros ficaram ilhados: