
Com a presença do prefeito de São Caetano, Tite Campanella (PL), como convidado, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC elege, a partir das 8h30 desta terça-feira (28), Marcelo Lima (Podemos, São Bernardo) como novo presidente do colegiado formado por seis prefeitos, com Guto Volpi (PL, Ribeirão Pires) como vice-presidente. O cenário, apontado pelo RD neste domingo, foi ratificado entre os sete governantes em um restaurante no ParkShopping São Caetano.
Todos os prefeitos do ABC se reuniram em um almoço nesta segunda-feira (27/01), a convite do próprio Tite, para tratar de um possível retorno de São Caetano ao grupo. Anteriormente, o próprio liberal já criticou o Consórcio Intermunicipal e votou, como vereador, pelo desligamento da cidade na instituição, no fim de janeiro de 2023, ao alegar que tal estrutura era cara aos cofres municipais e não representava retorno de políticas públicas para a população local.
Ao RD, Tite disse que mantém essa opinião e que trataria de uma volta da cidade à instituição regional junto à Câmara de Vereadores e sociedade civil organizada. Entretanto, após as falas, não demorou uma semana para que o encontro com os outros seis pares fosse amarrado, a fim de ver um “meio-termo” de curto prazo, o que resultou um acordo de participação do colegiado como convidado, sem compromissos financeiros com a entidade, ao invés de consorciado.
Com tudo acordado, Lima será o sexto prefeito de São Bernardo a se eleger presidente do Consórcio Intermunicipal, com Guto na posição de vice. Votarão nessa composição os outros quatro prefeitos consorciados, como o presidente interino do grupo, Taka Yamauchi (MDB, Diadema), Gilvan Júnior (PSDB, Santo André), Marcelo Oliveira (PT, Mauá) e Akira Auriani (PSB, Rio Grande da Serra).
Além de marcar simbolicamente a retomada de São Bernardo em um papel de protagonista no colegiado, após 23 meses fora do grupo, Lima terá de tratar da dívida do próprio município com o Consórcio. Atualmente, o passivo é de R$ 19,9 milhões, que será parcelado em uma quantidade generosa a partir do exercício 2025. Já São Caetano acumula R$ 999,2 mil de débitos junto ao colegiado.