
Historicamente a maioria das vítimas fatais no trânsito do ABC é motociclista, porém analisando individualmente cada cidade, Diadema destoa desta lógica, pois os pedestres são a maioria das vítimas do trânsito. No município os motociclistas ficam em segundo entre os mortos, isso pode ser verificado desde 2019 e os números do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Sinistros de Trânsito) mostram que o percentual de pedestres mortos tem aumentado.
Diadema teve 38 mortos nas ruas e avenidas da cidade em 2023, destes 45%, ou seja, quase a metade, eram pedestres e 35% dos mortos estavam em motocicletas. O restante das vítimas estavam em veículos leves, pesados ou ainda em bicicletas. No ano passado foram 29 mortos, uma redução de 23,7% porém o percentual de pedestres entre mortos se manteve em 45%, já os motociclistas que morreram representaram 41% do total. Nenhuma outra cidade da região teve um percentual tão alto de pedestres mortos no trânsito.
O Infosiga aponta que o percentual de pedestres mortos em Diadema vem se mantendo alto, perto dos 40%. Em 2022 o percentual foi de 42%, um ano antes, o ápice, 59%; em 2020 foram 38% e em 2019, 46% dos mortos no trânsito eram pedestres. Perto de Diadema apenas São Caetano, onde 43% dos mortos também eram pedestres, percentual igual ao de motociclistas mortos este ano no município.
Região
No geral, em 2024, o trânsito do ABC foi menos violento que o ano anterior, com 224 mortes, contra 249 registradas em 2023, mas ainda assim foi o quarto ano com mais óbitos desde 2015 quando a estatística começou a ser feita, perdendo apenas para 2015, 2017 e 2023.
Apesar da sensível redução em três cidades ocorreram mais mortes no comparativo entre os dois anos. Mauá que tinha registrado 23 mortes em 2023 fechou o ano passado com 26 fatalidades no trânsito, alta de 13%. Ribeirão Pires viu aumentar o número de mortes de de 14 para 17 casos, alta de 21,4%. Em São Caetano foram quatro mortos em 2023 contra sete no ano passado, alta de 75%.
Queda
Dentre as cidades que tiveram redução das mortes, além de Diadema, estão Rio Grande da Serra, que teve apenas um caso em 2023 e nenhum registro o ano passado; Santo André que reduziu de 57 para 53 mortos e São Bernardo que teve a maior redução, de 112 para 92 óbitos, queda de 17,85%.