
Após os aumentos de passagens dos ônibus da Capital, e de trens e metrô, a tarifa de transporte coletivo em Santo André vai subir de R$ 5,70 para R$ 5,90, a partir de 6 de janeiro. Enquanto isso, Mauá e Ribeirão Pires analisam o pedido de majoração da passagem por parte da concessionária. Por ora, apenas duas cidades garantem que não têm previsão de alteração nos valores: São Bernardo e Diadema.
Esse será o segundo reajuste de passagem em Santo André em um ano, visto que em janeiro de 2024, o custo foi de R$ 5 para R$ 5,70. Em nota, a Prefeitura informou que, após estudos, a cobrança da tarifa passará para R$ 5,90, enquanto o vale-transporte saltará de de R$ 7 para R$ 7,25. O reajuste, alega o Executivo, está abaixo da inflação acumulada nos últimos 12 meses, e seria necessário para garantir a manutenção e a qualidade dos ônibus que operam na cidade.
O anúncio da gestão do prefeito Paulo Serra (PSDB) vem após a cidade de São Paulo confirmar o reajuste da tarifa de ônibus operados pela SPTrans de R$ 4 para R$ 5, a partir de 6 de janeiro. O novo custo da passagem ainda se tornará mais barata do que os valores praticados hoje em cidades do ABC, por meio de subsídios às concessionárias que operam na Capital.
Atualmente, os passageiros da região pagam pelos valores unitários (em dinheiro) para embarque nas linhas municipais R$ 5,95 em São Bernardo, R$ 5,50 em Diadema e R$ 5 pelos itinerários de Mauá. Com 15 quilômetros quadrados de extensão, São Caetano aplica tarifa zero integral no transporte público.
Os prefeitos Marcelo Oliveira (PT) e Guto Volpi (PL), de Mauá e Ribeirão Pires respectivamente, confirmaram que houve o pedido de reajuste por parte da concessionária que opera pelo transporte coletivo nas duas cidades. Por ora, a solicitação de aumento está em análise nas duas gestões.
Em São Bernardo e Diadema, as gestões dos prefeitos Orlando Morando (PSDB) e José de Filippi Júnior (PT) asseguraram que encerram o ano sem previsão de reajuste na passagem. O RD procurou os seus sucessores, Marcelo Lima (Podemos) e Taka Yamauchi (MDB), respectivamente, porém, ambos não retornaram à reportagem para comentar os valores cobrados no transporte público.
Trens e metrô
A exemplo da Capital, o governo do Estado de São Paulo também comunicou o aumento das tarifas de trens operados pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e ViaMobilidade (linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda), além das linhas metroviárias operadas pelo Metrô, ViaQuatro e ViaMobiliddade. O novo valor será de R$ 5,20, ou seja, R$ 0,20 a mais, a partir de 6 de janeiro.
O reajuste previsto é inferior à inflação de 5,09%, com base na projeção do IPC-FIPE. Segundo a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o novo custo reflete a necessidade de manter a sustentabilidade financeira, a qualidade dos serviços prestados à população e assim foi decidido, após análise das despesas operacionais crescentes, incluindo custos com manutenção, infraestrutura e pessoal.