
As sete cidades do ABC contam com as suas respectivas Leis Orçamentárias Anuais (LOAs) 2025 aprovadas. Juntos, os municípios contam com uma estimativa de R$ 20,1 bilhões para o próximo ano. A soma dos valores orçados é 0,5% menor do que o estimado para 2024. Apesar da redução, os debates sobre os projetos apontaram a desconfianças, principalmente levando em conta o pagamento de dívidas e a necessidade de repasses dos governos Estadual e Federal para investimentos e custeio.
Diadema foi a última cidade que teve seu orçamento aprovado. O primeiro ano da gestão de Taka Yamauchi (MDB) terá R$ 2,972 bilhões estimados. Quase R$ 15 milhões equivalem a mais de uma centena de emendas dos vereadores, modelo realizado para dar maior participação para o Legislativo no dia a dia da cidade.
Apesar deste cenário, existe uma desconfiança sobre a possibilidade deste orçamento realmente acontecer. Um dos principais pontos de preocupação é a dívida bilionária do município, principalmente com a Previdência Municipal (Ipred), que passou por mais processo de parcelamento, desta vez de R$ 234,7 milhões, algo criticado pelo futuro gestor. Além disso, existe a necessidade de avançar em projetos como o CEU Promissão e o futuro Hospital Municipal.
Em Mauá, o valor estimado para 2025, primeiro ano do novo mandato de Marcelo Oliveira (PT), é de R$ 1,917 bilhão. Com um crescimento abaixo da inflação, o projeto aprovado pelo Legislativo sofreu críticas por ser “superestimado” e por gastos em Comunicação que são superiores as estimativas para programas sociais.
Única cidade da região com o governo petista, a expectativa é que os mauaenses possam conquistar mais espaço diante do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que garante que obras colocadas no plano de governo possam sair do papel. Ainda levando em conta propostas que foram aprovadas dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como a futura policlínica.
A Estância Turística de Ribeirão Pires estima um orçamento de R$ 579 milhões para 2025, um valor 9,5% maior do que o orçado para este ano. Apesar da cidade não sofrer com uma arrecadação abaixo do esperado para este ano, medidas de austeridade e corte de gastos seguirão normalmente. Mas a ideia é evitar aumento de impostos. A cidade segue com a gestão de Guto Volpi (PL).
Diferente do caso de Rio Grande da Serra, que terá um orçamento estimado de R$ 192 milhões para o próximo ano. A principal desconfiança está em como a cidade conseguirá alcançar o que está no projeto. O prefeito eleito Akira Auriani (PSB) focou boa parte de seus dias pós-eleição em conversar com deputados, secretários estaduais e ministros em busca de recursos que possam ser repassados logo no início da gestão, focando nas ações básicas.
Em Santo André, o orçamento passou por um corte de cerca de R$ 450 milhões e foi estimado em R$ 5,2 bilhões para o primeiro ano da gestão de Gilvan Júnior (PSDB). Enquanto a oposição criticou o projeto por causa de cortes em alguns setores, os governistas alertaram que a redução orçamentária ocorreu em decorrência da economia no Brasil.
No caso de São Bernardo, o debate em si sobre o orçamento não aconteceu. Por unanimidade, os parlamentares aprovaram a LOA que estima R$ 6,7 bilhões para 2025, primeiro ano do mandato de Marcelo Lima (Podemos). Não levando em conta a inflação, o projeto aponta uma queda de 4,7%. São R$ 285 milhões a menos para tirar projetos do papel como os hospitais do Idoso e Infantil, por exemplo.
São Caetano aprovou um orçamento de R$ 2,6 bilhões para o primeiro ano do mandato de Tite Campanella (PL). A oposição reclamou sobre o pouco dinheiro para Habitação e ações sociais. Emendas foram feitas, mas derrubadas ainda nas comissões. Governistas apontaram que a peça orçamentária foi criada com base nos debates realizados na base do atual prefeito José Auricchio Júnior (PSD).