
Os Estúdios e Pavilhões de São Bernardo, antigo Vera Cruz (avenida Lucas Nogueira Garcês, 856, Jardim do Mar), recebem o 2º Festival de Cinema da cidade a partir deste domingo (24/11). Serão sete dias de evento, até 30 de novembro, com a exibição de 75 filmes, entre longas de ficção, documentários, animações e curtas-metragens.
A mostra é gratuita – mediante doação facultativa de dois quilos de alimentos não perecíveis –, no entanto, é necessário realizar a reserva de ingressos pelo site https://terrabernardo.com.br/
O festival traz homenagens, exposição, oficinas e uma filmografia plural e inclusiva que inclui títulos consagrados, além de filmes regionais e de jovens cineastas. Com idealização e produção da Cia. Cinematográfica Terra Bernardo, a realização é da Prefeitura de São Bernardo.
As atividades acontecem das 12h às 22h todos os dias. A programação completa está disponível no site oficial.
O festival começa às 12h deste domingo (24), com a abertura da exposição Acervo Vera Cruz. Esta abre todos os dias do evento no mesmo horário. Às 13h, passa a animação “Perlimps” (2023), de Alê Abreu, e curta. Às 15h, inicia a cerimônia de abertura com homenagem à atriz e diretora Elizabeth Hartmann, à atriz e escritora Eliane Lage, e ao são-bernardense Pierino Massenzi (1925-2009), artista plástico e diretor de arte. Será projetado, às 17h, “Saudade Fez Morada Aqui Dentro” (2022), de Haroldo Borges. O tapete vermelho será aberto às 19h, com a projeção de curtas, seguido, às 20h, da exibição de “Retrato de Um Certo Oriente” (2024), de Marcelo Gomes, junto com programa de curtas que homenageia a atriz Léa Garcia (1933-2023).
A segunda-feira (25) inicia às 13h com a Oficina Cinematográfica: Mazzaropi e o Empreendedorismo no Cinema Brasileiro, com o idealizador do Festival, Rudy Serrati, e convidados. Às 15h será exibido “Tesouro Natterer” (2023), de Renato Barbier e curtas. O programa de curtas das 18h celebra Zezé Motta, e inclui “Deixa” (2023), estrelado pela atriz. O filme das 20h é “Levante” (2023), de Lillah Halla.
A Oficina Cinematográfica: 1º Ass. De Câmera E Foquista No Audiovisual, com Alexandre Serafini, abre o terceiro dia (26), às 13h. Às 15h, será projetado “Sebastião Leme, o Fotógrafo Inventor” (2024), de Rodrigo Grota, e curtas. Com Beth Mendes e Otton Bastos, o programa das 18h, exibe o curta “Esta Noite Seremos Felizes”, protagonizado pela dupla. Às 20h, será projetado Tia Virgínia (2023), de Fabio Meira.
A quarta-feira (27) começa com “Paulo e Eliana” (2023), de Neide Duarte e Caue Angeli, e curtas, às 13h. A animação “O Sonho de Clarice” (2023), de Fernando Gutiérrez e Guto Bicalho, acompanhado de curtas, é a atração das 15h. Com Eduardo Moscovis, “Sem Fantasia”, integra a seleção de curtas das 18h. Às 20h, é a vez de “Manas” (2024), de Marianna Brennand.
Na quinta-feira (28), às 13h, ocorre a Oficina Cinematográfica: Produção Independente No Interior De São Paulo, com Hamilton Rosa Jr. Às 15h, será projetado “Lenita” (2023), de Dácio Pinheiro, acompenhado de curta. Às 18h, é a vez do programa de curtas do dia. “Cidade; Campo” (2024), de Juliana Rojas, é o filme das 20h.
O penúltimo dia do evento (29), inicia com “As Cores e Amores de Lore” (2024), de Jorge Bodanzky, e curta, às 13h, seguido de “Infinimundo” (2024), de Diego Müller e Bruno Martins, às 15h, e curta. O programa de curtas Sessão acessibilidade acontece às 17h, seguido da Sessão Terror, às 18h. Os filmes da noite são “Mallandro, O Errado Que Deu Certo” (2024), de Marco Antonio de Carvalho, às 19h, com Sérgio Mallandro, e “Vermelho Monet” (2022), de Halder Gomes, às 21h.
O sábado (30), começa com a Sessão da Quebrada (curtas), às 10h, e Sessão do Samba, às 11h, com “Germano Mathias – O Catedrático do Samba” (2023), de Caue Angeli Ramos e Hernani Oliveira Ramos, e curtas. Às 13h tem “Chef Jack, O Cozinheiro Aventureiro” (2022), de Guilherme Fiuza Zenha, e curtas. Às 15h será projetado “Oeste Outra Vez” (2023), de Erico Rassi. O tapete vermelho será aberto às 18h, com sessão de fotos com artistas e cineastas. A cerimônia de encerramento inicia às 20h com premiação e homenagem ao ator e cantor Tony Tornado.
A mostra recebeu este ano, mais de 670 inscrições de curtas e longas-metragens de todas as regiões do país. A curadoria escolheu 20 longas – onze de ficção, seis documentais e três animações, e 55 curtas – divididos entre onze categorias. Os filmes ficam divididos entre as mostras competitivas “Terra do Cinema” e “Terra Bernardo”. A primeira inclui ainda um espaço dedicado a produções ABC, enquanto a última é exclusivamente dedicada a jovens realizadores com curtas de até sete minutos.
“Estou extremamente grato pela confiança dos cineastas, das produtoras e distribuidoras que acreditam na importância da realização deste festival, que nasce essencialmente com objetivo de resgatar e preservar a memória do cinema brasileiro”, destaca Rudy Serrati, idealizador e diretor do evento. “Vamos juntos reviver os tempos áureos de 1950, com um festival de cinema à altura dos artistas e profissionais que aqui estiveram, em uma sala de cinema especialmente construída dentro dos lendários estúdios da Vera Cruz”, celebra.
Com uma tela de 16 metros de largura, um cinema está em construção para receber a atração. Referência no Brasil e América Latina, a Cia. Cinematográfica Vera Cruz, a “Hollywood Brasileira”, foi um importante estúdio cinematográfico brasileiro fundado em 4 de novembro de 1949. Desde o seu tombamento em 1987, o local ganha um novo significado através da celebração do Festival de São Bernardo do Campo nos espaços existentes, com mais de 3,6 mil metros quadrados, que sediou a empresa.