Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (17/07), professores da UFABC (Universidade Federal do ABC) decidiram rejeitar a proposta apresentada na última sexta-feira pelo governo federal e, consequentemente, pela continuidade da greve. A paralisação dos professores de universidades federais completou dois meses nesta terça e também atinge a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que tem campus em Diadema.
Os principais argumentos dos docentes para a rejeição das propostas apresentadas pelo governo levam em consideração a “falta de estrutura conceitual de carreira”. Segundo Armando Caputi, professor e presidente da Associação dos Docentes da UFABC, a questão salarial não é a prioridade das negociações.
“O que mais queremos é a reestruturação da carreira para que distorções de regime de trabalho sejam corrigidas. Por isso falamos que é algo conceitual e não salarial. Na reunião de sexta-feira em Brasília foi apresentada uma tabela com valores. Não é só isso que queremos”, disse. De acordo com a proposta apresentada, o reajuste seria de até 45% nos salários dos professores. O dado, porém, é questionado por Caputi. “Este aumento é uma meia verdade, pois só iria para a classe titular, que representa menos de 10% de todos os professores”, defende.
Até o final desta semana serão realizadas novas reuniões e assembleias para que na próxima segunda-feira (23), data do próximo encontro com representantes do governo federal, seja apresentada a contraproposta dos professores.
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