O vereador de Santo André, Ricardo Alvarez (PSOL), foi reeleito com 5.606 votos, um aumento de 66,4% em comparação com 2020. Passado o período eleitoral, o parlamentar foca na atividade legislativa. Em entrevista ao RDtv, o professor apontou sua preocupação com a queda na previsão orçamentária para o próximo ano. Para 2025 estão previstos R$ 5,2 bilhões no orçamento, cerca de R$ 400 milhões a menos que para 2024.
“A proposta que o prefeito Paulo Serra mandou para a Câmara sobre o Orçamento, para mim, é a demonstração que o governo Gilvan (Júnior, PSDB) vai encarar uma baita crise orçamentária. Por quê? Porque ele está reduzindo, pela primeira vez em oito anos, está reduzindo em 7,3% o orçamento. Se você colocar a inflação de 2024, essa redução vai para perto de 10% de corte no orçamento. Então, não acabamos de avaliar a peça como um todo, mas já quero antecipar. Tudo aquilo que nós falamos em quatro anos que o prefeito Paulo Serra estava escondendo uma crise orçamentária, está se consubstanciando no orçamento de 2025”, diz o parlamentar.
A preocupação de Alvarez aumenta levando em conta os projetos que estarão em pauta no ano que vem, principalmente o PPA (Plano Plurianual) 2025-2029, e a possibilidade de votação do Plano Diretor, que servirá como base para a cidade para os próximos 10 anos. Em relação ao Orçamento 2025, a expectativa é que a votação ocorra até novembro, pois pelas regras da Casa, a última sessão será realizada em 3 de dezembro, três dias antes do prazo final, conforme o regimento interno.
Reeleição

Quinto mais votado da cidade, Ricardo Alvarez considera que sua atuação em oposição ao governo do prefeito Paulo Serra (PSDB), foi essencial para conseguir ampliar os votos em relação a 2020 e quase ter garantido uma segunda cadeira ao PSOL para a próxima Legislatura. A ideia do legislador é manter a atuação com o futuro governo de Gilvan Júnior (PSDB).
“Bom, acho que tem duas questões que a gente gostaria de tratar em relação ao governo Gilvan. A primeira é que se o governo Gilvan, como ele anunciou durante a campanha, ele é continuidade do governo Serra, muito provavelmente nós vamos estar na oposição. porque se nós já passamos quatro anos debatendo, questionando as políticas públicas do governo Paulo Serra, e o Gilvan continuar com elas, tudo aponta que a gente vai ser um governo de oposição”, iniciou.
“Óbvio que a gente vai querer ver por onde caminha o governo Gilvan, e isso vai se dar a partir das iniciativas que ele mandar para a Câmara, e as medidas que ele tomar como prefeito. Então, se ele for um governo de continuidade, nosso mandato tende a ser um mandato de continuidade. Agora, se ele for um prefeito que trilhar um outro caminho, que seguir um outro caminho diferente do que o Serra seguiu, nós vamos analisar como ele vai se comportar”, completou.