O candidato à Prefeitura de São Caetano pelo Podemos, Fabio Palacio, disse que há uma acomodação no grupo que ocupa o poder central da cidade há cerca de duas décadas, que, segundo ele, tem a avaliação que “do jeito que está, está bom”, discurso que teria como objetivo fazer com que a “população não perceba que a gente pode fazer uma cidade muito melhor. O grupo governista tenta colocar medo nas pessoas de que podem perder o que já existe”. As afirmações foram feitas logo após evento de campanha em restaurante do município com a presença de Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais.
O encontro contou, entre outras, com as presenças da deputada federal e presidente nacional do partido, Renata Abreu, do candidato a vice na chapa, Mario Bohm (Novo) e do postulante ao cargo de prefeito de Diadema, Márcio da Farmácia (Podemos). O evento reuniu cerca de 180 pessoas, entre empresários, candidatos a vereador, políticos de outras cidades e apoiadores de Palacio.
“Há uma eleição em São Caetano (do grupo governista) que tenta colocar medo nas pessoas de que podem perder o que já existe. Mas nós não acreditamos nisso, temos total convicção de que é possível manter aquilo que já existe, e vai bem, e corrigir tudo aquilo que não tem funcionado ao longo dos últimos anos, como na saúde, educação, na geração de empregos e novos negócios. E o sentimento do grupo que está no poder, e que passa no discurso de campanha, é de que está tudo bem ‘e só não queremos que você perca isso’. Ninguém vai perder nada, nós temos muito mais a entregar (caso seja eleito)”, disse Fabio.
Romeu Zema diz que Fabio vai adotar sua forma de gestão
Romeu Zema começou discurso de 14 minutos dizendo se sentir em casa em São Caetano, e que fez inúmeras visitas à fábrica da General Motors, na avenida Goiás, porque o pai foi dono de concessionária da marca durante 25 anos em Minas Gerais.
O governador usou a maior do tempo para falar sobre sua administração à frente do Estado, que afirmou ter encontrado quebrado e que conseguiu reverter o quadro com medidas, como redução no número de cargos e de secretarias (de 21 para 13) e ainda de impostos e taxas, o que colaborou para atrair investimentos. E afirma que Fabio Palacio, se eleito, vai adotar semelhante forma de gestão e retomar o desenvolvimento de São Caetano, cidade que avalia não ostentar mais a qualidade de 30 anos atrás.
“Fizemos um Estado amigo de quem investe, de quem trabalha, de quem gera emprego, e é o que vai acontecer aqui em São Caetano, a cartilha é a mesma. Por esse motivo fiz questão de estar aqui hoje, para prestigiar esses dois candidatos, Fabio e Mario, que vão colocar São Caetano de novo em cima dos trilhos. A cidade merece. Quando estudei aqui em São Paulo, na década de 1980, São Caetano era significado de progresso, de desenvolvimento, de IDH elevado, e é triste ver que depois de 30 anos a situação não é mais aquela. Mas tenho certeza que uma gestão técnica, como a minha, tem que ter gente boa, e é o que São Caetano vai fazer com o Fabio e o Mario eleitos. Tenho certeza de que estamos no caminho certo. Sucesso na caminhada aqui na eleição, e tenho certeza de que, da próxima vez que eu vier, vou encontrar com vocês na Prefeitura”, discursou, sob aplausos.
A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, usou parte de seu rápido discurso para falar sobre a “acomodação” que acomete gestões de grupo político que ocupa por longos períodos a administração de uma cidade, caso de São Caetano.
“A gente é ser humano, e se acomoda com determinadas situações. E quem está no poder há tanto tempo também se acomoda. Então, penso que já passou da hora de a população (em referência à cidade) escolher o melhor gestor, e nós precisamos compreender a seriedade disso. O que está em jogo aqui é uma coisa muito séria, que é preciso colocar alguém preocupado em cuidar da cidade e da população”, destacou Renata, em clara defesa ao nome de Fabio Palacio.