ABC - terça-feira , 17 de setembro de 2024

ABC representa 11% dos casos de Mpox no Estado de SP

Bolhas vermelhas são as principais características da Mpox (Foto: Banco de Imagens)

Entre janeiro e agosto de 2024, a região registrou 33 casos de Mpox – ou “varíola dos macacos” como é popularmente conhecida, o que representa 11% do total de 315 diagnósticos confirmados em todo o Estado de São Paulo no período. São Bernardo e Santo André lideram os casos, com 16 e 14 diagnósticos, respectivamente. Em ambas as cidades, a maioria dos casos foram registrados entre homens com idades entre 18 e 40 anos.

Nas demais cidades da região, o número de casos foi significativamente menor. Diadema relatou quatro casos, todos entre homens. São Caetano teve dois diagnósticos, com homens na faixa etária média de 27 anos, e Mauá registrou um caso, também masculino, de um homem de 28 anos. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não apresentaram registros de Mpox.

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Panorama da Mpox em São Paulo

De janeiro a julho de 2024, o Estado de São Paulo confirmou 315 casos de Mpox, número bem abaixo dos 4.129 casos registrados em 2022, quando a doença atingiu seu pico. Em 2023, no mesmo período, foram confirmados 88 casos.

“A Mpox emergiu como nova preocupação global de saúde pública, especialmente devido à cepa 1b, que pode ter um potencial de transmissão ainda maior. Embora não haja motivo para alarme em São Paulo, é crucial manter a vigilância e o monitoramento, seguindo as recomendações para prevenir a propagação da doença”, afirma Regiane de Paula, coordenadora de saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças (CCD) da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

A Mpox é causada pelo vírus monkeypox e pode ser transmitida por meio de pessoas, animais ou objetos contaminados. Os principais sintomas incluem erupções cutâneas e lesões na pele. O diagnóstico é feito por exames laboratoriais utilizando secreções das lesões ou das crostas quando estas já estão secas.

Sintomas e prevenção

Os sintomas da Mpox podem incluir adenomegalia (inchaço dos linfonodos), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. O intervalo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas varia de 3 a 16 dias. Após o desaparecimento das erupções cutâneas, a pessoa infectada deixa de ser transmissora do vírus. As lesões podem ser planas ou elevadas, com líquido claro ou amarelado, e geralmente surgem em qualquer parte do corpo, especialmente no rosto, pés e palmas das mãos.

Para prevenir a infecção, é aconselhado evitar o contato com pessoas infectadas ou suspeitas de infecção. Além disso, deve-se evitar o compartilhamento de objetos pessoais, como toalhas, lençóis e escovas de dentes, e manter uma boa higiene, lavando as mãos regularmente e desinfetando itens de uso diário.

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