ABC - sábado , 12 de outubro de 2024

15 atletas representarão o ABC nos Jogos Paralímpicos Paris 2024

Alessandro Rodrigo da Silva é bicampeão olímpico no arremesso de disco (Foto: Walter Roberto/CPB)

Após a emoção proporcionada pelos Jogos Olímpicos de Paris 2024, todos os olhares agora se voltam para a França, onde ocorrerão os Jogos Paralímpicos, de 28 de agosto até 8 de setembro. Ao todo, o Brasil contará com 280 paratletas em 20 modalidades do evento, sendo 15 deles representando o ABC.

São Bernardo é o município com o maior número de atletas convocados: Samuel Conceição Oliveira (atletismo), Luís Carlos Cardoso (canoagem), Débora Raiza Benevides (canoagem), Rebeca Silva (judô) e Letícia de Oliveira Freitas (triathlon).

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São Caetano vem em seguida, com quatro atletas do atletismo: Raissa Rocha Machado, Aline Rocha, Giovana Boscolo e Marivana Oliveira da Nóbrega. Santo André tem três representantes: Verônica Hipólito (atletismo), Alessandro Rodrigo da Silva (arremesso de peso e disco) e Thiago Pradella (tênis de mesa).

Mauá será representada por Evelyn Oliveira (bocha) e Henrique Caetano Nascimento (atletismo), enquanto Diadema terá o velocista Júlio César Agripino.

Sentimento e expectativas para o torneio

Representar uma nação em qualquer modalidade não é uma tarefa fácil. Além de lidar com a pressão de carregar o peso de um país inteiro, é preciso dedicação e empenho para alcançar o pódio. Esse é caso do andreense Alessandro Rodrigo da Silva (39), bicampeão olímpico no arremesso de disco, que já está em Paris para focar nas suas performances.

Verônica participou dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 (Foto: Divulgação/Sesc São Paulo)

“Fico contente de chegar nos Jogos para buscar o tão sonhado tricampeonato paralímpico. Estamos fazendo o nosso melhor, o Brasil está contribuindo para que todos os atletas fiquem da melhor forma possível na hospedagem, com comida e conforto. Tudo está sendo tão maravilhoso, e estamos fazendo a nossa parte, os treinadores, comissão, tudo na melhor forma possível”, conta Silva.

Silva descobriu o esporte adaptado em 2013, após perder totalmente a visão devido a uma toxoplasmose. Antes de se tornar atleta, trabalhava como alinhador de carros em uma montadora na Grande São Paulo e também atuou como químico e professor. “Nossa meta é buscar o ouro para o Brasil, e voltar para casa com o avião um pouco mais pesado”, diz.

Outra atleta de Santo André nos Jogos Paralímpicos é Verônica Hipólito (28), que competirá no atletismo nas provas de 100 m, 200 m e revezamento 4×100 m. “Descobri o atletismo depois de um tumor na cabeça. Antes, praticava judô, mas, após o tumor, o médico disse que não poderia retornar a nenhuma modalidade com impacto da cintura para cima.”

O cenário mudou quando seu pai entrou para um clube de atletismo e inscreveu Verônica em um dos festivais oferecidos pelo clube. “Precisei enfrentar um tumor para descobrir o atletismo, que sempre foi a minha paixão. Não falo isso só como atleta profissional, mas porque tenho vários arranhões pelo corpo causados pelo atletismo, e em cada um deles aprendi algo importante para mim”, conclui Verônica.

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