Desde janeiro, o ABC se mobiliza em prol da causa da animal com campanhas de vacinação antirrábica, a fim de prevenir a raiva. Ao se aproximar do Agosto Laranja, mês dedicado ao combate da zoonose, a região registra 8.784 animais vacinados, número 5,5% inferior em comparação ao primeiro semestre de 2023, com 9.302, de um total de 18.604 pets vacinados no ano. Apesar de não haver registro de casos de raiva, a região mantém o alerta e espera vacinar pelo menos 14 mil pets até dezembro.
Santo André lidera no ABC com mais animais vacinados contra a raiva, com 2.839 doses aplicadas em 2024, e 6.661 em 2023. Com projeção de aplicar 7 mil doses até o fim do ano, a vacinação antirrábica é disponibilizada para os munícipes na rotina de funcionamento da Gerência de Controle de Zoonoses. Basta comparecer na rua Igarapava 239, na Vila Valparaíso, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Para dúvidas e orientações é só entrar em contato pelo telefone (11) 3356-9075.
Em seguida aparece São Bernardo, que vacinou 1.599 pets entre janeiro e junho deste ano. No mesmo período em 2023, a Prefeitura aplicou 2.447 doses, e agora tem a meta de atingir 3,2 mil até o fim do ano. O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) do município realiza vacinação antirrábica de rotina permanentemente às segundas e quartas-feiras, das 9h às 16h, mediante agendamento prévio pelos telefones: (11) 4365-3349 e (11) 4367-3306 ou pelo WhatsApp (11) 99226-4555.
São Caetano
Com 1.266 animais vacinados, São Caetano espera aplicar 2,2 mil doses da vacina em pets neste ano. Atualmente, a vacinação é feita de forma periódica, todas as sextas-feiras, em pontos diferentes da cidade. Para vacinar, basta o munícipe levar seu pet e o comprovante da última vacinação antirrábica, caso tenha. Para saber os próximos locais e programações basta entrar em contato pelo telefone (11) 4231-3938.
Rio Grande da Serra vacinou 572 animais em 2023 e, entre janeiro e junho deste ano, já aplicou 1.197 doses da vacina contra a raiva, com expectativa de chegar a 1,5 mil até dezembro. O município não está com campanha ativa no momento, porém realiza a vacinação de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, no Centro de Controle de Zoonoses, na avenida Dr. Rui Trindade, 177, no Parque América. Mais informações pelo telefone (11) 2770-0205.
Em Ribeirão Pires, foram vacinados 930 pets este ano contra 2,5 mil em 2023. Como em todas as cidades, a vacinação é gratuita. Neste ano, a Prefeitura adotou o serviço de rotina na Praça Central da Vila do Doce, realizado sempre no último sábado de cada mês junto com a Feira de Adoção de Cães e Gatos, além do CCZ, na rua Catarina Rios Giachello, 185, Jardim Boa Sorte. A vacinação é feita por meio de agendamento pelo telefone (11) 4824-3748 para aplicação de segunda, quarta e sexta-feira.
Neste ano, Mauá realizou vacinação antirrábica em 842 animais, serviço feito sempre por demanda, na última quinta-feira de cada mês com agendamento pelo telefone (11) 4512-7499 (ramais 1530 ou 1662, no Centro de Proteção Animal (rua Almirante Tamandaré, 191 – Vila Bocaina). Em 2023, a cidade registrou 1.934 animais vacinados.
Em Diadema, no primeiro semestre foram vacinados 111 pets contra a raiva, contra 2.438 em todo ano de 2023. Os munícipes vacinam seus cães e gatos sempre na primeira semana de cada mês, de segunda e quarta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 16h, na UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), localizada na rua Capela, 380, bairro Inamar. São vacinados pets com mais de três meses, com exceção de fêmeas prenhes ou com suspeita, e animais em tratamento para doenças ou muito debilitados.
Queda de animais vacinados e importância da prevenção
A raiva é uma doença infecciosa viral grave que afeta mamíferos, incluindo humanos, com uma letalidade de aproximadamente 100%. A transmissão para humanos ocorre principalmente pela saliva de animais infectados, através de mordeduras, arranhaduras ou lambeduras do animal doente.
Desde 2021, o Estado de São Paulo suspendeu as campanhas de vacinação antirrábica devido a falta de registros de casos da zoonose. De 1999 a 2017, o Brasil registrou 1,2 mil casos positivos para raiva. De 2017 a 2021, foram apenas 11 e todos identificados como variantes de animais silvestres. Para o biólogo e ex-sub secretário de fauna de Ribeirão Pires, Marcus Leap, este seria o motivo pelo qual houve queda nos números de cães e gatos vacinados.
Como atuante na causa animal em Ribeirão Pires, Leap comenta que a cidade não interrompeu a vacinação contra a raiva em nenhum período, mantém como vacinação de rotina com profissionais de saúde veterinária, em paralelo com outras ações relacionadas ao bem-estar animal. “Devido aos riscos de transmissão da raiva, a vacinação deve ser reforçada anualmente, juntamente com a vacina polivalente, para prevenir, além da raiva, outras doenças”, diz.