Professores são desafiados a lidar com alunos PcD em sala de aula

A PcD (Pessoa com Deficiência) está cada vez mais incluída no meio acadêmico, com instituições de ensino que adaptam as suas grades curriculares para que o aluno se sinta abraçado pela instituição. Ao RDtv, a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da Universidade Metodista, Elaine Vilela, comenta sobre os desafios enfrentados, principalmente por professores nas salas de aulas, para democratizar o ensino.

Na Universidade Metodista, cerca de 30 alunos estão em cursos superiores, sendo eles em Pedagogia, Psicologia, Odontologia e Analista de Desenvolvimento de Sistemas. Com o Núcleo criado em 2009, a universidade já atendeu alunos com diversas características, como surdez, TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), deficiência motora, além de acolher alunos que possuem depressão e ansiedade, sendo acolhidos em parceria do Núcleo com estudantes do curso de psicologia. 

Newsletter RD

(Foto: Reprodução/RDtv)

Elaine comenta que quando o aluno ingressa na universidade, a família é a primeira a se preocupar. “Boa parte do medo e receio de ingressar uma pessoa com deficiência na universidade vem por conta da família do estudante. É um universo totalmente novo para eles e para o aluno, por isso que desde o vestibular, explicamos o passo a passo do que acontece, da inscrição até a sala de aula”, diz. No caso de vestibulares, a universidade se propõe a criar uma prova adaptada de acordo com a necessidade do aluno.

Para que o acadêmico desfrute da faculdade em seu máximo potencial, seja pelo convívio com novas pessoas, bem como com o aprendizado em si, o professor exerce um papel fundamental para dar confiança aos estudantes.

A coordenadora explica que, assim que o aluno é inscrito no curso, o Núcleo entra em contato com a coordenadoria do curso optado e a partir deste ponto, a coordenação repassa aos professores o caso indicando as necessidades e medidas a serem tomadas para adequar a grade. “Os professores são os que mais se assustam com esses procedimentos, e são os que precisam saber lidar com as PcD em sala de aula. Por isso, o Núcleo age em parceria com eles para que possam ser instruídos sobre como prosseguir em determinadas situações, assim como também orientamos os outros alunos”, explica Elaine.

Ela reforça que o convívio é essencial para que o processo do estudante com deficiência possa se sentir confortável no espaço. “A realidade é que devemos nos moldar perante as necessidades do aluno, e não ele a nós. Temos que mostrar que o estudante com deficiência também pode ser protagonista e autônomo em suas decisões”, diz.

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes