Quando alguém decide morar em um condomínio, o fator segurança é ponto fundamental, tanto para a proteção individual quanto da família e de seus bens. Porém, apesar do reforço, pessoas mal intencionadas ainda conseguem adentrar aos condomínios para roubar ou furtar. Ao RDtv, Vander de Andrade, doutor em Direito, coordenador do MBA em Direito e Gestão Condominial e pró-reitor da Fundação Santo André, comenta sobre o assunto.
Como resquício da pandemia, algumas pessoas se acostumaram a pedir suas refeições por aplicativos, tanto pela praticidade quanto por chegar no portão. Porém, uma tendência que vem se estabelecendo é de condôminos optarem por receber seus pedidos na porta de suas casas. Segundo Andrade, essa conduta apresenta risco a todos os moradores, isso porque, em certos casos, pode ameaçar a segurança do coletivo. “Uma certa porcentagem se aproveita da oportunidade para furtar ou roubar, o que apresenta enorme risco para os condôminos”, comenta.
Apesar de alguns condomínios já disponibilizarem uma área para entregadores, a importância do síndico em prezar pela segurança deve ser prioridade. Andrade explica que um síndico de condomínio deve prezar por quatro pilares: sossego, saúde, bons costumes e segurança. Esses tópicos garantem a boa convivência e a garantia de quem mora nestes locais.
Para ressaltar ainda mais a importância da segurança nesses empreendimentos, Andrade comenta que boa parte dos seguros não cobre grandes perdas, exceto pelo caso da administração contratar uma empresa de segurança que não foi responsável na hora do ato, em que ambas as partes podem ser acionadas pelo condômino se for o caso.
Visando combater esse tipo de atividade, alguns condomínios utilizam da tecnologia para qualificar a segurança. Seja através da biometria, reconhecimento facial ou por um pré-cadastro, a tecnologia chega para somar na proteção. “Há oito anos já havia essa discussão sobre portarias eletrônicas e o uso da tecnologia em geral nos condomínios. A realidade é que a tecnologia bem aplicada resulta em aumento na qualidade da segurança, e eventualmente, robôs e a própria inteligência artificial farão parte destes procedimentos”, comenta Andrade.