Uso desordenado de remédio para disfunção erétil pode causar dependência emocional

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Utilizada para o tratamento da dificuldade de obtenção e/ou manutenção da ereção do pênis, a Tadalafila se tornou popular nos últimos anos por conta da facilidade para adquirir o remédio, já que não é necessária prescrição médica para adquirir o remédio. Porém, assim como acontece com todos os medicamentos, há riscos envolvidos para quem faz uso sem prescrição e, no caso da Tadalafila, o principal risco é a dependência emocional e psicológica.

Em entrevista ao RDtv, o urologista do Hospital Bartira da Rede D’Or, Caio Eduardo Valada Pane, explica que a dependência psicológica do remédio é causada quando um indivíduo que está acostumado a tomar o medicamento não se satisfaz com a sua performance sexual sem estar sob efeito da medicação, ou seja, ele fica com uma ideia distorcida da normalidade. “Existem também homens que apesar de não terem nenhum problema físico relacionado à ereção, não se sentem confiantes em iniciar uma relação sexual sem ter tomado a medicação. Assim, essa insegurança por si só impede que ocorra a ereção”, diz.

Pane destaca a importância de uma avaliação médica feita pelo urologista ou andrologista para identificar o real fator causador da disfunção erétil, para fazer o tratamento adequado. “Existe uma tendência atual entre os jovens de se importarem muito com a performance sexual e física, deixando a satisfação pessoal em segundo plano. O uso da Tadalafila por homens saudáveis pode promover um desempenho sexual acima do natural, o que acaba aumentado e muito as expectativas desses homens em relação à sexualidade, por vezes com distorção da realidade”, afirma.

O urologista acrescenta ainda que o medicamento também começou a ser utilizado como pré-treino, mas ressalta que não existe comprovação científica de que ele funcione para esse fim. “A Tadalafila não foi estudada nesse contexto e por isso não sabemos quais são os potenciais riscos de utilizá-la para esse intuito. Por isso, não recomendo utilizar ela para essa finalidade e só fazer uso do medicamento se um especialista tiver recomendado”, finaliza.