O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) propôs reunião com a SES (Secretaria de Estado da Saúde) para discutir a situação das pesquisas científicas na área de controle de endemias, que inclui a dengue. A decisão ocorre após uma reunião, sexta-feira (16/02), entre o promotor de Direitos Humanos e Saúde Pública, Arthur Pinto Filho, e representantes da APqC (Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo).
A entidade, que representa servidores de 16 institutos públicos do Estado, tem denunciado o comprometimento das pesquisas após a extinção da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), em 2020.
A Sucen contava com 14 laboratórios, divididos entre Capital e unidades regionais, hoje estão impedidos de fazerem contratações, inclusive compra de insumos, manutenção de equipamentos, limpeza e segurança.
Em março do ano passado, a associação entregou à SES proposta de reestruturação do Instituto Pasteur, com o objetivo de permitir que o mesmo receba a Sucen e todos os programas e funcionários, mas ainda não houve deliberação do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) sobre o tema.
No ano passado, o MP-SP chegou a enviar questionamentos ao Estado sobre a situação da estrutura de pesquisa na área de endemias. Mesmo assim, segundo a APqC, a situação se agravou.
Atualmente, há mais de dois mil cargos vagos, entre pesquisadores e carreiras de apoio, nos institutos públicos ligados à Saúde, que incluem o Adolfo Lutz, Butantan, Dante Pazzaneze de Cardiologia, Lauro de Souza Lima, além do Instituto de Saúde, Laboratório de Investigação Médica (LIM – HC-USP) e o Instituto Pasteur.