A energia fotovoltaica, popularmente conhecida como energia solar, cresce cada vez mais entre os tipos de energias mais utilizadas para gerar eletricidade nos lares brasileiros, bem como nas indústrias. Ao RDtv, o coordenador da Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) no Estado de São Paulo, Pedro Drumond, afirma que esse tipo de energia gera benefícios não só para o meio ambiente, mas para o bolso de quem investe nesta tecnologia.
A Absolar aponta que o Brasil superou a marca de 2 milhões de sistemas solares fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Para Drumond, esse crescimento se deve a três fatores causados pelo advento da energia solar: demanda por fontes de energias mais sustentáveis, apelo econômico para reduzir o custo de gasto com energia elétrica, e o fator social que envolve a geração de novas demandas, sendo assim, novas oportunidades de emprego.
“Vemos que a energia solar já é muito mais aceita do que antigamente. Além do entendimento de que esse tipo de energia é possível e real, temos um custo de instalação de módulos solares mais baratos em comparação com 10 anos atrás, o que corresponde a 1/3 do valor que era antes”, comenta Drumond.
Além disso, ele reforça que gestores públicos tem se mobilizado para entender mais sobre a energia fotovoltaica, além de bancos públicos e privados concederem linhas de crédito incentivando a adesão dos equipamentos que fornecem a energia. “Diferente de fazer um empréstimo para financiar uma casa ou um carro, que são itens de valor que geram despesa, ao investir na energia solar, você tem o custo inicial que logo se paga em torno de 4 a 5 anos de uso, e depois disso você só se beneficia da adesão”, reforça.
O coordenador diz que, eventualmente, adotar a energia fotovoltaica como fonte de eletricidade será como aderir um item a mais nas casas, como temos hoje com ar-condicionado e ventiladores. “A tendência deve ser cada vez mais comum, ainda mais com as possibilidades de geração de energia compartilhada que as fazendas solares oferecem”, diz. As fazendas solares fazem parte de um fonte de geração de energia para lugares que não recebem muita luz do sol, e portanto, podem oferecer uma solução para centro urbanos que tem os raios solares obstruídos por prédios e edifícios.
Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), no ABC cresceu 138,22% em sistemas de geração de energia solar instalados. Um dos fatores desse crescimento se deve, segundo Drumond, a ser uma região industrializada e com bons índices de qualidade de vida. “Quando uma região como o ABC desenvolve a sua indústria e investe nos setores públicos, consequentemente facilita a vida das pessoas físicas que conseguem contratar um empréstimo para aderir sua própria fonte de energia solar”, explica.
“Cada dia que o consumidor não adere a energia fotovoltaica, ele paga para uma distribuidora aquilo que ele pode economizar. Falamos que o melhor dia para colocar energia solar é casa é o ontem, e o segundo melhor dia é hoje”, destaca Drumond. Veja a entrevista completa.