Médico alerta para cuidados na alimentação durante o Carnaval

Em razão do clima quente no início do ano, aumentam os casos de intoxicação alimentar – a chamada gastroenterocolite aguda -, causada principalmente pela ingestão de líquido ou alimentos contaminados. De acordo com o gastroenterologista e cirurgião geral da Clínica Gastro ABC, André Augusto Pinto, é comum que a situação aconteça em praias, clubes e blocos de carnaval, ambientes propícios para contrair uma intoxicação por produtos mal conservados.

Especialmente durante o verão e o Carnaval, o médico alerta ser essencial manter uma alimentação saudável, com preferência a alimentos leves (frutas, verduras e legumes) além de ingerir bastante líquido, observando sempre os hábitos de armazenamento e de higiene pessoal. “É importante sempre prestar atenção onde se compra os alimentos, se eles são bem conservados e manuseados até o cliente antes de optar pelo consumo”, alerta o médico em entrevista ao RDtv.

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Nos casos de festas na rua e blocos de carnaval, a orientação do especialista é optar por produtos já embalados ao invés de preparado na hora, em razão do manuseio do produto. “Um lanche, por exemplo, é melhor optar por ser embalado, assim é possível evitar riscos de bactérias no manuseio”, sugere. O mesmo se repete com os líquidos. “Quem compra alguma latinha direto dos ‘coolers’, pode ter contato com um gelo mal conservado, contaminado. Muita gente coloca a mão nessas geladeiras, e isso aumenta as chances de contaminação”, alerta.

No caso de líquidos, a indicação do gastro é que a população procure utilizar um copo pessoal, e não beber diretamente nas garrafas ou latinhas comercializadas na rua. “Essa é uma das contaminações mais frequentes, em razão da falta de higiene na hora do manuseio. Por isso, a sugestão é que ao comprar um produto, repassar para um copo pessoal e bem higienizado”, salienta.

Gastroenterologista chama atenção para a conservação e manuseio de alimentos (Foto: RDtv)

Conservação de alimentos e bebidas

A principal causa do aumento de intoxicação alimentar são as altas temperaturas durante o verão, que automaticamente já podem comprometer a questão da conservação de alimentos e bebidas e favorecer a proliferação de bactérias. “Até mesmo na geladeira, em casa, precisamos observar se não temos muitos itens dentro da geladeira e se isso não pode comprometer na refrigeração dos produtos”, pontua o especialista.

De acordo com o especialista, a intoxicação pode ser causada tanto por vírus como por bactérias em alimentos de origem animal, como carnes e crustáceos mal conservados. “Lavar bem as mãos e evitar alimentos que não se sabe qual foi a conservação e manuseio são indicações para esse período”, alerta o médico ao citar que até mesmo em um cenário de churrasco em casa, é importante se atentar no manuseio da carne entre sair da geladeira e ir para o fogo. “O mesmo acontece com a maionese, que tem ovo, ou outros alimentos que podem estragar”, lembra.

Sintomas

Os principais sintomas para a intoxicação alimentar são: dores abdominais, cólicas, náuseas, vômito, diarreia, desidratação, fraqueza e mal-estar. Para o tratamento, a indicação é ingerir isotônicos, água de coco, suco de frutas e água. Caso não melhore no período comum, de 48h a 72h, ou tenha piora no quadro com acréscimo de febre, dores agudas e sangue nas fezes, a indicação é buscar um hospital ou especialista mais próximo.

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