Professores do Estado protestam em frente à diretoria de ensino de S.André

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Um grupo de aproximadamente 40 professores apoiados por alunos da UFABC (Universidade Federal do ABC) e por outras categorias fizeram um manifesto na tarde desta segunda-feira (06/02) em frente à Diretoria de Ensino de Santo André e o motivo do protesto foi de reforçar o movimento da categoria pela equiparação de direitos entre os professores concursados e aqueles chamados de categoria “O” e também por melhores condições de trabalho nas escolas. Após o protesto uma comissão foi recebida pela diretoria.

Segundo a coordenadora da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) em Santo André, Maíra Machado, o protesto foi para mostrar que a categoria está unida, sejam os professores concursados ou não. “Tivemos professores categoria ‘F’, mas a grande maioria são professores ‘O’, que estão sendo colocados na rua sem nenhuma garantia. Tivemos um concurso arbitrário em que para a atribuição de aulas conta 90% e o tempo de trabalho conta só 20%. Hoje a maioria dos professores do Estado é categoria ‘O’ esses não têm os mesmos direitos. Eles são obrigados a pegar mais de 25 aulas, trabalhar em três escolas diferentes, mas o Estado não dá oportunidade para eles terem vínculo, então o governo deixa eles de quarentena por meses, o que é até contra a lei trabalhista”, explica.

Maíra diz que a manifestação foi para cobrar que a atribuição de aulas seja mais justa e que a contratação seja estável com direitos iguais aos outros. A coordenadora do sindicato disse que ela e uma comissão foram recebidos na Diretoria de Ensino. “Nós pedimos para acompanhar essa atribuição de aulas, que é razão de muitas reclamações que recebemos no sindicato, mas eles negaram dizendo que não tem nada de irregular”, conta.

A manifestação serviu também para cobrar melhores condições nas escolas. “Tem escolas caindo aos pedaços, exemplo da EE Professor Waldomiro Guimarães (que fica na Vila João Ramalho, em Santo André). Em agosto do ano passado uma ventania destelhou a quadra da escola”, citou a coordenadora. A Apeoesp fará outras manifestações ainda sem data prevista. Também serão feitas visitas nas escolas. “Queremos que os professores se aproximem do Sindicato, somos todos professores não importa a classe”, completa Maíra Machado.

Em nota a Seduc-SP (Secretaria da Educação do Estado de São Paulo) informou que dialoga com a categoria. A Seduc-SP está aberta ao diálogo e apoia a livre manifestação em âmbito democrático. A Diretoria de Ensino de Santo André recebeu a comissão de manifestantes e esclareceu pontos como os dados cadastrais e de pontuação dos candidatos, a situação de pagamento para futuras contratações e esclarecimentos gerais sobre a atribuição de aulas. As contratações e atribuição das aulas seguem em andamento para que todos profissionais estejam alocados até o início das aulas em 15 de fevereiro”, informou em nota.

Sobre a escola que teve a quadra destelhada, a pasta estadual disse que resolveu o problema fazendo uma cobertura de lona. “A obra de revitalização da quadra coberta da Escola Estadual Waldomiro Guimarães foi entregue em dezembro de 2023, sendo a primeira de lona tensionada do Estado, com investimento de aproximadamente R$ 1,4 milhão”, diz nota da secretaria.