Tarifa zero: primeiro domingo sem cobrança em SP tem alta de 35% de passageiros, diz Prefeitura

O número de passageiros que utilizaram os ônibus no domingo, 17, dia de implantação do Domingão Tarifa Zero na cidade de São Paulo, aumentou 35% em relação aos domingos anteriores. “Passou de 2,2 milhões para exatamente 2.974.400 milhões de pessoas, marca que ultrapassou inclusive a média registrada antes da pandemia”, consta em balanço divulgado pela Prefeitura de São Paulo na segunda-feira, 18.

No primeiro dia de vigência, os passageiros elogiaram a medida (boa parte ainda não sabia da estreia da gratuidade), mas cobraram melhorias na rede de transporte e também a extensão do passe livre para o metrô e os trens.

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Bandeira do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que pretende se candidatar à reeleição em 2024, a iniciativa foi rechaçada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Ainda de acordo com a gestão Nunes, o aumento de usuários nas regiões periféricas da capital paulista chegou a 38%. A iniciativa contou com 4,8 mil ônibus da frota municipal de 1.175 linhas que circularam em toda a cidade no domingo.

“Também foi possível verificar crescimento na demanda de linhas que atendem pontos como Praça da Sé, Sesc Itaquera, Parque do Ibirapuera e Parque do Carmo”, disse a prefeitura sobre o programa estabelecido na cidade.

Conforme o município, os técnicos da São Paulo Transporte (SPTrans) acompanharam a operação, monitorando as linhas mais movimentadas e orientaram os passageiros em seus deslocamentos pela cidade e ao longo do domingo.

“Nos próximos domingos e nos feriados de Natal, Ano-Novo e Aniversário da Cidade de São Paulo, as equipes da SPTrans e das concessionárias do serviço de transporte estarão novamente em campo e nos centros de monitoramento acompanhando a operação dos ônibus e orientando a população para que possam aproveitar ainda mais a nossa cidade e com ônibus gratuitos”, acrescentou a Prefeitura.

Veja como funciona

O acesso dos passageiros aos ônibus, assim como em dias convencionais, deverá continuar ocorrendo pela porta da frente dos veículos. Além disso, os usuários vão ter de continuar passando pela catraca, apenas para controle do número de usuários.

No entanto, para quem não tem o Bilhete Único, a liberação da catraca será feita pelo cobrador ou a partir de um botão usado pelo próprio motorista, a depender da linha de ônibus.

A gratuidade será sempre da 0h às 23h59, e contempla todas as 1.175 linhas de ônibus que atendem a cidade aos domingos.

Passe livre divide especialistas

Parte dos especialistas ouvidos pelo Estadão afirma que a tarifa zero promove o direito à mobilidade e de mais inclusão social. Outra corrente vê na medida um uso ineficiente de dinheiro público, uma vez que gasta montante expressivo em uma política que não beneficia só os que mais precisam. Mesmo entre os favoráveis à medida, há ressalvas sobre o modelo adotado na capital paulista.

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