Após instabilidades políticas e financeiras, Mauá está estabilizada, diz Oliveira

Mauá chega aos 69 anos de história neste 8 de dezembro. Para o prefeito Marcelo Oliveira (PT) o município chega a essa data celebrando a conquista de uma estabilidade política e financeira. Em entrevista ao RDtv, o chefe do Executivo aponta que a cidade conta com mais ajudas do Governo Federal para diversas áreas. Porém, ainda busca entendimentos junto ao Governo do Estado para conseguir ultrapassar barreiras recorrentes das gestões municipais.

“Quando assumimos a Prefeitura, a cidade passava por um período de instabilidade financeira e política. Conseguimos estabilizar a cidade de Mauá. Como se fala popularmente, a cidade estava com o nome sujo, não conseguia nem concretizar convênios e dialogar com as instituições financeiras”, inicia o petista.

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“Nós conseguimos fazer isso em 2021, colocamos a casa em ordem. Nos primeiros dois anos fechamos no azul. Consequentemente conseguimos parcerias com o Finisa (Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento), da Caixa Econômica Federal, com o banco do Desenvolve SP, o que há mais de uma década não conseguíamos, e estamos com muitas obras. Essa instabilidade atrapalhou muito o crescimento e o desenvolvimento de Mauá”, seguiu.

Oliveira se refere aos problemas ocorridos entre maio de 2018 e setembro de 2019, que culminaram em duas prisões do ex-prefeito e atual deputado estadual Atila Jacomussi (Solidariedade), o racha com a então vice-prefeita Alaíde Damo (MDB) e o processo de impeachment, que acabou revertido após ação da Justiça cinco meses após sua aprovação.

Outro ponto ressaltado por Marcelo é a parceria com o Governo Federal, o que resultou na retomada de projetos dos PACs (Programas de Aceleração do Crescimento) Drenagem e Mobilidade Urbana, além de repasses que foram realizados para o custeio de algumas áreas.

“A maior diferença é que o Governo Lula é um governo municipalista, é um governo que ouve as cidades. Então, independente do partido que for, que chega em Brasília, ele (prefeito ou prefeita) é respeitado. Já tivemos várias reuniões através da Frente Nacional dos Prefeitos e da Confederação Nacional dos Municípios, entre outras entidades, que tem ajudado muito as cidades para levarem suas demandas, para serem ouvidos e atendidos”, justifica o prefeito.

Oliveira também ressaltou o projeto de lei que visa evitar que empreendimentos de até 1,5 mil metros quadrados precisem de habite-se para conseguir o seu alvará de funcionamento. A ideia é seja necessário apenas um documento de um engenheiro comprovando que o local tem segurança (Foto: Reprodução/RDtv)

E a gestão municipal quer aproveitar o momento para emplacar os mais diversos tipos de investimentos, entre eles, a obra do terminal Itapeva, com previsão de entrega para o início de 2024. O lançamento do edital da obra do terminal Itapark. Além da finalização do novo terminal central, obra que é feita a partir de uma PPP (Parceria Público-Privada).

Drenagem e Saúde

Além disso, Marcelo Oliveira destacou a inscrição de uma obra para um novo piscinão na cidade, dentro do Novo PAC, fora a busca de conclusão de um convênio com o Governo do Estado para um outro piscinão e a limpeza dos já existentes. Algo que inclusive foi assinado pelas demais cidades que estão no Consórcio Intermunicipal Grande ABC.

Outro ponto de parceria com o Governo do Estado e que Mauá busca solucionar é o repasse para o custeio do Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini. A Prefeitura pediu um repasse de R$ 3 milhões mensais. Porém, o Estado quer que o pedido seja de R$ 1,5 milhão mensais. Ainda não há uma data para a resolução desta situação.

Enquanto isso, a Prefeitura celebra a chegada de R$ 42 milhões para o custeio da saúde, oriundos do Ministério da Saúde, e que foram anunciados junto aos investimentos feitos para a reforma das quatro UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e da construção de uma nova unidade.

Saneamento

Um problema antigo em relação ao esgoto dos principais pontos industriais da cidade ganhou uma solução, segundo o prefeito. Um dos pontos é o Polo de Sertãozinho, que vive um dilema sobre a coleta e tratamento do esgoto. Segundo Marcelo, a partir de 2024, as empresas do Polo terão os serviços da BRK Ambiental para a coleta deste esgoto através de caminhões. Com isso, a concessionária vai liberar um documento para que as empresas possam ter a licença ambiental emitida pela Cetesb.

No caso da Associação Condomínio Industrial Barão de Mauá (Acibam), a BRK será a responsável pela coleta e tratamento no sistema de esgoto que foi construída pela própria Associação.

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