Pedro Sánchez é reeleito premiê da Espanha, após controversa anistia a separatistas

O primeiro-ministro interino da Espanha, Pedro Sánchez, foi escolhido pela maioria dos legisladores para formar um novo governo. Ele teve apoio de 179 dos 350 membros da Câmara dos Deputados, após quase dois dias de debate entre lideranças partidárias que se centraram quase inteiramente no controverso acordo fechado por Sánchez para separatistas da Catalunha, em troca de apoio crucial para que ele seguisse no poder.

Sánchez deve formar um governo de coalizão minoritária com o partido esquerdista Sumar. A inconclusiva eleição nacional de 23 de julho deu lugar a um Parlamento bastante dividido. O Partido Popular, de centro-direita, teve a maioria dos votos, mas sem apoio suficiente para formar governo, por causa de sua aliança com o Vox, sigla de extrema-direita. O Partido Socialista Obrero Español (PSOE) de Sánchez terminou em segundo, com 121 das 350 cadeiras na Câmara, mas conseguiu apoio de 179 deputados após uma série de acordos.

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Ainda não está claro se Sánchez poderá manter esse apoio ao longo dos próximos quatro anos. O acordo de anistia foi assinado com dois líderes separatistas da Catalunha que controlavam 14 votos. Com o pacto, centenas de separatistas catalães com problemas na Justiça devem se livrar de processos, após a tentativa de secessão de 2017 que gerou a maior crise política no país em décadas. A anistia beneficiaria o ex-presidente regional catalão Carles Puigdemont, considerado fugitivo pela lei espanhola e considerado inimigo público por muitos espanhóis.

O Judiciário espanhol tem criticado a proposta de anistia. A União Europeia diz que avalia o assunto. Fonte: Associated Press.

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