Menino tem braço quebrado em novo caso de agressão em escola de S.Caetano

Menino teve braço quebrado em dois lugares após choque com colega que tem histórico de agressões. (Foto: Reprodução)

Um menino de 8 anos foi agredido e teve o braço fraturado em dois lugares durante um episódio de agressão, dentro da Escola Municipal de Ensino Fundamental Dom Benedito Alves de Souza, em São Caetano. O caso aconteceu na sexta-feira (10/11) e segundo a família da criança que se machucou o autor da agressão já agrediu outras crianças e até professores. A família diz que a situação é de conhecimento da direção da escola e que não foram tomadas providências para o tratamento do aluno agressor. Um protesto pedindo providências da diretoria da escola foi realizado na manhã deste segunda-feira (13/11) em frente à escola.

Essa é segunda denúncia de violência dentro de escola de São Caetano em cerca de um mês. Em outubro, um aluno da escola Ângelo Raphael Pellegrino, no bairro Mauá, também foi agredido, só que verbalmente com ofensas racistas. Na ocasião os pais relataram à reportagem que a escola demorou em agir, pois foram quatro episódios de agressão racista e dois boletins de ocorrência registrados. Após a reportagem sobre o caso a criança foi transferida de escola.

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Segundo a mãe do garoto vítima, Marta Michele de Andrade Ferreira, o menino passa bem, mas está com o braço engessado e uma cirurgia não está descartada. “Graças a Deus que foi no braço, não foi mais grave, mesmo assim meu filho vai ficar com gesso pelo menos seis semenas e vamos fazer o acompanhamento através de radiografias, mas uma cirurgia não está descartada. Ele quebrou os dois ossos do braço, o radio e o ulna”, explicou a mãe.

Segundo ela o menino agressor já foi protagonista de diversos episódios de violência, tendo agredido inclusive professores. “Esse menino é problemático, já veio de outra escola onde já tinha agredido professor e alunos. Aqui na Dom Benedito ele derrubou o computador da professora e quebrou, já deu murro na boca de uma menina. Soubemos que ele já fez tratamento e foi acompanhado pelo Conselho Tutelar, mas disseram que ele não tem nada, o problema é que ele tem surtos, não aceita ser contrariado”, disse Marta.

Pais de alunos fizeram um protesto na porta da escola exigindo providências da direção. (Foto: Redes Sociais)

A agressão teria ocorrido durante uma aula de educação física, em que os alunos fariam uma partida de futebol. Amigos, agressor e agredido queriam ficar no mesmo time, mas acabaram em times diferentes, o que já teria deixado o menino alterado. “Em um momento do jogo ele (agressor) veio por trás do meu filho com violência, deu um carrinho e derrubou meu filho que caiu sobre o braço. O professor me disse que não foi um choque normal, ele veio com violência, num jogo oficial ele teria sido expulso”.

O menino que quebrou o braço e o agressor são amigos. Segundo a mãe mesmo sabendo dos momentos de fúria do colega, seu filho se aproximava e tentava incluí-lo nas atividades da escola.

“Eu sempre dizia que talvez o colega não tinha amor em casa, ou estava com problemas e meu filho sempre foi muito carinhoso com ele. Um dia antes o menino fez um desenho e deu para o meu filho. Então eu acho que essa criança é também uma vítima, está precisando de ajuda, precisa de tratamento”, disse Marta, que fez um boletim de ocorrência relatando o ocorrido. “Disseram na escola que já tem outros boletins de ocorrência relacionados a esse menino, uma vez ele bateu de propósito a porta na mão de uma professora que teve o dedo quebrado. O clima na Dom Benedito não é mais saudável”, completa a mãe.

A prefeitura de São Caetano foi procurada pela reportagem, para falar sobre o caso desta sexta-feira (10/11) e sobre o histórico de agressões relacionadas ao aluno da Dom Benedito, mas até o fechamento desta reportagem não houve resposta.

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