A Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) divulgou nesta segunda-feira (06/11), o novo levantamento sobre o valor da cesta básica na região. Os dados apontam uma queda de 0,23% no comparativo entre setembro e outubro, e uma queda de 9,98% nos últimos 12 meses. Foi a quarta queda consecutiva no valor desta cesta, sendo o segundo mês seguido com um preço abaixo dos R$ 1 mil, neste caso, R$ 991,79.
A tendência de queda da pesquisa foi celebrada pelo engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá De Benedetto, em entrevista ao RDtv. A principal celebração foi sobre a queda de quase 10% no valor no comparativo de outubro de 2022 com outubro de 2023.
“No ano passado, nessa época era uma época de eleição para presidente da república. Vivíamos um momento muito crítico de preços. A grande preocupação, na época, era o preço da cesta básica, tanto que entrou na pauta dos candidatos, de como reverter essa situação. Que bom que pelo quarto mês consecutivo veio a queda e pelo segundo mês com um valor abaixo dos R$ 1 mil”, explica Fábio que relembrou que desde dezembro de 2021 não havia um valor tão baixo da cesta.
Outro ponto que colaborou para a queda foi o fim da fase aguda da pandemia do Covid-19. Para o pesquisador, o período grave da emergência sanitária foi o mais crítico nos 20 anos de pesquisa da cesta básica, com valores altos em todos os produtos. Com o controle da doença a partir da vacina, os preços melhoraram por consequência.
A principal alta ocorreu com a cebola. O seu valor subiu 29,24% de setembro para outubro. Para Fábio, o principal problema está com as fortes chuvas na região sul do País. Nesta época do ano, os produtores sulistas são os que mais abastecem os mercados de São Paulo com cebola. Mas com as cheias e enchentes que ocorreram nos últimos meses, a safra foi prejudicada. O especialista aponta até um cenário de uma menor oferta de cebola caso se mantenha essa instabilidade nas temperaturas.
Outros produtos pesquisados também apresentaram alta como o frango (1 kg) que subiu 9,17%, a farinha de trigo que teve o preço 8,92% maior, o pacote de café (500g) com uma alta de 6,63% e o sachê de 340g de molho de tomate que subiu 5,7%.
A principal queda foi da farinha de mandioca (pacote com 500g) que teve seu valor 17,99% menor do que em setembro. O leite longa vida (1 litro) apresentou uma redução de 10,68% de seu preço. Também se destaca a queda no valor do pacote de feijão carioca (1 kg) de 3,49%.