Reconduzido ao comando do diretório do PSOL em São Caetano, Pedro Mendonça é apontado como um dos nomes para a disputa pelo comando do Palácio da Cerâmica no próximo ano. Ao RDtv nesta quinta-feira (26/10), o militante apontou a semelhança entre e eleição municipal de 2024 e a eleição geral de 2022: uma disputa entre os campos progressistas e conservadores. E considera que o seu partido buscará ser um contraponto às propostas consideradas “bolsonaristas”.
A sinalização de uma futura candidatura própria do partido (federado com a Rede Sustentabilidade) foi feita no último domingo (22/10), exatamente durante a posse de Pedro e de toda a diretoria da legenda. A iniciativa foi entendida como uma necessidade de sinalização.
“Nós fizemos questão de tomar essa decisão na posse do nosso novo diretório aqui em São Caetano, porque acham que é importante fazer uma sinalização de que a esquerda terá um projeto frente ao que está sendo colocado. De um lado você tem uma oposição de direita representada pelo Fabio Palacio, que tem relação com o próprio (ex-presidente Jair) Bolsonaro e o bolsonarismo, o governador Tarcísio (de Freitas) representa esse bolsonarismo”, inicia Pedro.
“E por outro lado o projeto do governo Auricchio, que é de cabo a rabo ocupado por setores conservadores que também tem relação com o bolsonarismo”, completa o presidente municipal do PSOL que vê a eleição sendo marcada pela “luta contra a extrema-direita”.
A legenda busca também manter sua posição em ter uma candidatura própria, principalmente levando em conta o aumento de seu eleitorado. Pedro Mendonça aponta que mulheres, jovens, negros e a comunidade LGBTQIAP+ vislumbrou no PSOL um espaço para suas lutas e bandeiras. Além disso, o partido quer aproveitar o holofote que terá na Capital com a pré-candidatura do deputado federal Guilherme Boulos para prefeito.
Pedro quer a defesa de uma participação popular na gestão, principalmente através do orçamento participativo. Também aponta a necessidade de uma revisão no modelo de OSs (Organizações Sociais) cuidando da Saúde da cidade (atualmente realizada pela Fundação do ABC).
Outro exemplo de Mendonça foi o projeto do governo Auricchio de Tarifa Zero no transporte. Para o presidente do PSOL, já que a cidade está disposta à subsidiar todo o transporte público, então não deveria mais fazer isso pagando para uma empresa privada, mas sim ter uma empresa pública para manter tal cenário.