A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de São Caetano divulgou nesta segunda-feira (09/10) mais um levantamento sobre o nível de inadimplência na região. Os dados apontam uma queda de 1,52% no comparativo do mês de setembro com o mês de agosto. Ao RDtv o presidente da CDL, Alexandre Damásio apontou que o pagamento de contas de saneamento básico e energia elétrica colaboraram para este cenário de queda.
“Tivemos algum movimento na inadimplência de crédito direto do comércio. Tivemos esse apontamento de uma queda importante nas contas de consumo: água e luz. A gente ainda não viu o efeito do Desenrola (programa de pagamento de dívidas do Governo Federal) e isso conseguimos provar quando destacamos que ainda há mais de 70% de dívidas no sistema financeiro”, explicou.
Segundo os dados extraídos do SPC Brasil, 71,47% das dívidas dos moradores do ABC são com bancos. 13,28% são com as contas saneamento e energia elétrica. 4,62% com a área de comunicação. 7,76% com outros tipos de comércios ou compras. E 2,87% com o comércio.
Entre o gênero existe um equilíbrio na lista de devedores, com as mulheres formando 50,4% do total e os homens com 49,6%. Sobre a faixa etária, a média dos devedores é de 45,6 anos, sendo que a faixa com maior percentual de dívida é de 30 a 39 anos com 25,32%.
A média per capita de dívida na região é de R$ 5.290. Sendo que mais da metade deve até R$ 1 mil. 25,26% devem até R$ 500 e 37,46% devem até R$ 1 mil. Para Damásio, existe uma necessidade de dar educação financeira para a população economicamente ativa. Levando em conta que mais da metade devem um valor de até R$ 1 mil, é possível imaginar uma queda acima de 70% desta inadimplência em um ano, caso ocorra a orientação correta sobre esse assunto.
Pesquisa
Damásio celebra o fato de que o levantamento de inadimplência segue sendo feito apenas pelo ABC, fato que aponta para quem quer investir na região os melhores cenários e também mostra a atenção que as cidades querem dar para este assunto, principalmente levando em conta a união de forças sobre o tema, já que os dados também são estudados pela Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC.
“A região do ABC é a única que consegue oportunizar para qualquer investidor, seja ele do varejo, da indústria ou financeiro, uma previsibilidade do consumo. Nós conseguimos nesses 18 meses, mapeando esse índice, verificar o hábito, entender o ticket médio de inadimplência”, seguiu.