A compulsão alimentar é, como o próprio nome diz, um comportamento compulsivo do qual a pessoa não tem controle ao ser acometido pela necessidade de comer. Trata-se de um transtorno psiquiátrico e deve ser tratado por um médico psiquiatra. “Mesmo sem fome a pessoa se alimenta escondido, pois sente vergonha”, explica Cyro Masci, médico psiquiatra. “Geralmente essa ato acarreta em sintomas como depressão e tristeza”. A falta de controle sobre impulso é uma das grandes características desta compulsão caracterizada por episódios que acontecem, pelo menos, uma vez por semana durante três meses.
Já a fome emocional geralmente está relacionada às emoções, embora não seja uma compulsão. Esse transtorno vem associado de episódios como ansiedade e/ou depressão. “Geralmente a pessoa percebe a ligação entre a alimentação exagerada e as emoções”, explica Masci. “É o famoso comer porque está nervoso”, comenta. Durante e após a pandemia, o estilo Home Office aumentou muito a incidência de pessoas com fome emocional. Neste caso, a dica do especialista é: “não deixar o automatismo tomar conta”.
Para interromper o comportamento da fome emocional vale usar algumas estratégias para reduzir a emoção, como por exemplo, falar alto consigo na terceira pessoa: “você está com fome emocional”. Com o tempo a ansiedade passa. Outra opção listada por Cyro é inspirar pelo nariz e soltar lentamente pela boca. A sede também pode dar a falsa sensação de fome.
Ainda existem os indivíduos bulímicos, que necessitam comer de forma exagerada e em seguida vomitar ou usar remédios para evacuar. Porém, esse processo pode gerar problemas graves a saúde, uma vez que elimina uma série de nutrientes fundamentais ao corpo humano. Normalmente esse transtorno vem associado de uma distorção da imagem corporal, ou seja, mesmo magra a pessoa se acha gorda ao olhar no espelho.
“Ao perceber algum desses sintomas procure ajuda profissional”, alerta o médico. Vale salientar ainda que, as mulheres são majoritariamente acometidas pelos transtornos por influência hormonal e força cultural – geralmente, a pressão em cima do gênero feminino é maior.