
O início da primavera está marcado para este sábado (23/9), às 3h50 (horário de Brasília), e segue até 22 de dezembro. A estação é marcada pelo florescer das plantas e período de transição entre as estações seca e chuvosa na região central do Brasil.
É neste momento que começamos a ter dias e noites com a mesma duração, o que faz com que o fotoperíodo e a temperatura aumentem, além de grandes temporais e árvores floridas pelas ruas.
Em entrevista ao RD, a professora, bióloga e pesquisadora da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Marta Marcondes, comenta sobre as mudanças da estação. “Em tempos de normalidade, o inverno acaba com temperaturas frias, poucas chuvas e a nova estação chega mais amena, com a temperatura subindo gradativamente”, explica a professora.
Para este ano, estima-se que a primavera seja um período de temperaturas muito elevadas, devido a alguns fatores. De acordo com Marta, o primeiro fator diz respeito ao desmatamento e supressão da vegetação, sem que se respeite o mínimo necessário para a reestruturação das florestas.
O segundo fator para o aumento da temperatura seria a queima acelerada de combustíveis fósseis, o que aumenta cada vez mais a camada de gases do efeito estufa. Já o terceiro e último fator é a produção acelerada de metano, um gás oriundo do metabolismo animal.
A professora enfatiza, ainda, que a tendência é que a temperatura aumente nos próximos anos, o que fará com que o fotoperíodo também aumente e traga consequências para o equilíbrio do ecossistema. “As plantas começarão a produzir mais açúcar do que proteína, isso será um problema”, alerta Marta Marcondes.