
Quem busca informações sobre o funcionamento dos dois bicicletários que funcionam junto às estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) na região vai esbarrar em muita dificuldade. A reportagem tentou, por dias, informações sobre a possibilidade de aumentar o número de vagas, mas não conseguiu a informação nem com a CPTM, nem junto às organizações não governamentais que administram esses locais.
O RD publicou no domingo reportagem sobre essa importante infraestrutura para o ciclista, com depoimentos de quem usa a bike com regularidade e diz que os locais para guardar são poucos e muito cheios (leia mais em: https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3311011/falta-de-lugar-para-guardar-bicicleta-dificulta-seu-uso-como-meio-de-transporte/). A proposta da reportagem foi informar que, apesar de poucos, há lugares onde o ciclista pode deixar a magrela guardada e seguir viagem com outro modal de transporte, seja ele ônibus ou trem.
A CPTM, atendendo à demanda, começou no início dos aos 2000 a implantar bicicletários junto a algumas de suas estações. O de Mauá é considerado modelo e com as 1.968 vagas, é o maior do Estado e considerada também o maior da América Latina. A Ascobike (Associação dos Condutores de Bicicletas de Mauá) é quem administra o espaço, mas ninguém foi localizado para falar sobre a entidade e a possibilidade de ampliar o espaço que já tem 22 anos. Os telefones informados no site da ONG não funcionam, o whatsapp não responde e o fundador da entidade não foi localizado no Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, onde é diretor.
Já o bicicletário de Santo André, que tem 334 vagas, é administrado por uma ONG da Capital, a Parada Vital. O site da organização funciona, mas os emails enviados para ela retornaram com mensagem de endereço não encontrado. Também o sistema de envio de mensagens através do site não funciona, como também não funciona o telefone da empresa.
Apesar de ceder a área para os dois bicicletários e construir o local junto com Ascobike, conforme informa o site da ONG, a CPTM diz que o bicicletário de Mauá não é seu e também não informa quem pode falar em nome da ONG. O mesmo acontece com Santo André.