Dia 7 de agosto foi sancionada a lei federal que autoriza a prática da ozonioterapia no Brasil. Esse tratamento pode ser benéfico em diversos casos, como cicatrização, doenças infecciosas e inflamatórias de pele, pé diabético e doenças autoimunes.
Existem estudos, ainda, que apontam a eficácia no tratamento de cânceres – quando aliado ao tratamento convencional. “É um coadjuvante maravilhoso”, afirma Katya Rocha, farmacêutica, ozonioterapeuta, doutora em imunologia e professora assistente da Faculdade de Medicina do ABC.“Trata-se de uma terapia complementar”, enfatiza Katya, em entrevista ao RDtv.
Porém, a farmacêutica expõe um impasse vivido diante do seguinte cenário. “Embora a lei federal tenha sido aprovada, assim como o conselho de classe, o órgão regulador, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe o uso das máquinas”, aponta.
Katya refere-se a uma determinação da agência reguladora que permite o uso dos equipamentos apenas com objetivo odontológico, ou para limpeza de pele. Nos demais casos é exigido apresentação de um estudo envolvendo 3 mil pacientes, chamado duplo cego. “Por outro lado, existem estudos internacionais apontando a eficácia desta prática em ambiente intra-hospitalar”, pondera.
Outro problema citado pela especialista é a desarticulação, uma vez que as legislações municipal, estadual e federal não se conversam. “A partir de agora as empresas terão de batalhar pelo registro dos seus equipamentos”, afirma.