
As plataformas de streaming logo terão nas suas grades de programação o documentário Guardiões das Águas que terá grande participação da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) através do seu IPH (Índice de Poluentes Hídricos) um projeto que tem 20 anos e pesquisa a qualidade da água em rios da região Metropolitana de São Paulo, as represas Billings e Guarapiranga e já fez até análise do nível de contaminação nos rios mineiros após o estouro das barragens. A coordenadora do projeto, a bióloga e ambientalista Marta Marcondes, participa do filme.
A estimativa é a de que o documentário seja lançado no fim de outubro e a produtora não foi revelada. Durante evento de comemoração dos 55 anos de aniversário da USCS, nesta terça-feira (01/08) poucos detalhes da obra cinematográfica foram revelados. As imagens foram coletadas durante as expedições pelos rios e represas e, além da professora Marta, o navegador e ambientalista Dan Robson também fará parte da apresentação do documentário.
Robson já participou de algumas produções feitas pela Globo, dentre elas expedições pelo Rio Tietê e pelas represas que garantem água para a região Metropolitana de São Paulo. Marta faz pesquisas há anos e é também fonte da imprensa para inúmeras reportagens sobre a qualidade da água. Marta e Robson já realizaram diversas atividades em parceria, entre elas o projeto Expedição Mananciais, em 2015, que fazia coleta de amostras em 160 pontos na Billings e 50 pontos na Guarapiranga, depois do início o projeto reduziu o número de pontos de coleta e aumentou a frequência de visita a estes pontos.
Marta adiantou que o documentário é realizado com recursos da Lei Rouanet e que a USCS é apoiadora da produção. Além do cenário da Billings, Guarapiranga e rio Tietê a população a captação de imagens focou também na população que mora no entorno destes reservatórios e e cursos d´água. “Quando você vai para a água vê pessoas que tiveram alguma doença relacionada à água”, disse a bióloga.
O IPH começou seu trabalho em 2003 analisando, na época o Ribeirão dos Meninos e o Rio Tamanduateí, com amparo do Laboratório de Análise Ambiental da USCS. Em 2010 passou a analisar o Rio Tietê, o Ribeirão dos Couros, o Ribeirão do Moinho, o Ribeirão do Soldado, o Rio Alzira Franco e o rio Mogi Mirim; em 2015 as represas Billings e Guarapiranga passaram a receber os pesquisadores do IPH e desde 2019 o rio Pinheiros também passou a ser estudado.