ABC - segunda-feira , 6 de maio de 2024

Temos aderência grande da arrecadação com a atividade econômica, afirma Claudemir Malaquias

Apesar da queda real na arrecadação de junho, o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, avaliou que há uma aderência entre o recolhimento de impostos e o desempenho da economia. Ele voltou a argumentar que a retração de junho se deve a fatores atípicos.

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 180,475 bilhões em junho, uma queda real (descontada a inflação) de 3,37% na comparação com o resultado recorde de junho do ano passado.

Newsletter RD

“No ano passado, o desempenho do IRPJ e da CSLL esteve ligado ao desempenho das commodities. Todas essas empresas recolheram valores acima do que vinham recolhendo normalmente, daí a classificação como recolhimentos atípicos. Se a arrecadação vier de forma diferente agora, teremos um decréscimo”, admitiu.

Mesmo com a queda em junho, no primeiro semestre do ano a arrecadação federal somou R$ 1,142 trilhão, recorde para o período na série histórica, iniciada em 1995. O montante representa um avanço real de 0,31% na comparação com os primeiros seis meses de 2022.

Malaquias destacou que a queda na arrecadação de IRPJ e CSLL no acumulado do primeiro semestre foi de R$ 12,713 bilhões em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a diferença estimada pela Receita devido à arrecadação atípica dos tributos é muito maior para o período, de R$ 24,115 bilhões.

“Isso mostra que temos uma aderência grande da arrecadação com a atividade econômica. As commodities tiveram desempenho extraordinário no ano passado, além do impacto de uma taxa de câmbio maior. Hoje voltamos ao patamar normal de arrecadação”, completou.

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes