ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

Escolas cívico-militares: ministro fala sobre futuro dos colégios que saem do programa

O ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou nesta quinta-feira,13, que não haverá fechamento das escolas que aderiram ao modelo cívico-militar do governo federal. o governo Lula (PT) anunciou nesta semana que vai interromper o programa, criado em 2019, na gestão Jair Bolsonaro (PL). Segundo Santana, o Ministério da Educação (MEC) fará o acompanhamento da transição das instituições de volta à rede regular de ensino.

“Quero garantir aos estudantes das 202 escolas integrantes do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), e a seus familiares, que não haverá fechamento de unidades e tampouco prejuízo aos alunos. A descontinuidade do modelo atenderá a uma política de transição, com acompanhamento e apoio do MEC junto a estados e municípios”, escreveu Santana no Twitter.

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A Casa Civil finaliza um decreto para pôr fim ao programa e fixar um prazo para que o MEC oriente as redes sobre o tema. Também no Twitter, o ministro garantiu que a transição será feita com apoio técnico e o direito dos estudantes será mantido.

“Nossa prioridade é garantir os direitos dos estudantes e da comunidade escolar nesse grupo, que corresponde a 0,15% das 138 mil escolas públicas do Brasil. Seguiremos trabalhando na construção das políticas para os nossos estudantes da rede pública, investindo em programas como o de Escolas de Tempo Integral e conectividade nas escolas, que irão beneficiar toda a rede pública brasileira”, disse.

Atualmente, o Brasil tem 202 escolas inseridas no Pecim. Há unidades estaduais e municipais. O programa foi a principal iniciativa do governo Bolsonaro na Educação.

As escolas cívico-militares têm a administração compartilhada entre militares e civis. São diferentes dos colégios militares, mantidos com verbas do Ministério da Defesa ou da Polícia Militar local e com autonomia para montar currículo e estrutura pedagógica. Os colégios militares também costumam ter professores com salários mais altos e fazem seleção de alunos.

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