Demanda por petróleo deve crescer a 110 mi de barris até 2045, diz secretário-geral da Opep

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Haitham Al Ghais, afirmou nesta segunda-feira, 26, durante discurso em conferência em Kuala Lumpur, na Malásia, que a demanda global por petróleo deve avançar a 110 milhões de barris até 2045. Mesmo com a transição energética almejada, o petróleo deve representar “cerca de 29% do mix de energia até lá”, segundo ele.

Al Ghais elogiou o apoio da Malásia na cooperação entre países da Opep e aliados, que formam o grupo Opep+.

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O kuwaitiano disse que a entidade apoiar a energia sustentável, e disse que isso está no cerne do “compromisso fundador da Opep em apoiar um mercado de petróleo estável e sustentável”.

O chefe da Opep lembrou que, em junho, houve acordo ministerial também com foco em garantir um mercado “equilibrado e estável”. Segundo ele, a importância da estabilidade do mercado é vital “não apenas para o curto prazo, mas também para o longo prazo”.

Al Ghais lembrou que, em seu relatório sobre perspectiva global do petróleo (WOO, na sigla em inglês), a entidade projetou que a demanda por energia global cresça 23% até 2045. “Eu não vejo um meio digno de crédito de lidar com isso sem usar todas as fontes de energia disponíveis, e a estabilidade do mercado de energia como a diretriz”, reforçou.

Ele disse que as energias renováveis terão “papel muito maior” e ressaltou que membros da Opep também investem nela. Mas insistiu que “o petróleo seguirá como parte integral do mix”.

O secretário-geral da Opep afirmou que é necessário haver uma “expansão massiva da energia”, para que a economia global mais que dobre de tamanho, diante da expectativa de que a população mundial atinja 9,5 bilhões de pessoas até 2045.

No WOO, apenas no setor de petróleo, os investimentos exigidos até lá são de US$ 12,1 trilhões, recordou, ou mais de US$ 500 bilhões por ano entre agora e 2045.

Al Ghais disse que não haver investimentos em energia “iria apenas levar ao caos energético” e cobrou uma “transição realista” rumo a energias mais limpas.

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