A segurança durante os jogos das ligas amadoras da região virou um dos principais temas do encontro entre a União das Ligas do ABC (Uniligas) e o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, no último dia 10. Em entrevista ao RDtv nesta terça-feira (16/05), o secretário executivo da entidade regional, Mário Reali, detalhou os pontos debatidos e apontou a busca por apoio para a modalidade, principalmente buscando ajuda do Ministério dos Esportes.
A iniciativa de trabalhar para um ambiente mais seguro durante os jogos nos campos públicos das cidades consorciadas ocorreu após duas ocorrências policiais, uma em Santo André e outra em Mauá, que chamaram a atenção para a necessidade de um policiamento nesses locais durante as partidas.
“Os presidentes das ligas querem um contato direto com a PM (Polícia Militar), pois se houver um tensionamento dentro de campo eles percebem. Tem uma sensibilidade para ver se tem um problema”, explicou Reali. O principal desafio está no baixo efetivo policial na região, fato que será um dos temas na agenda que o Consórcio ABC quer marcar com o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), e também a quantidade de eventos que são realizados nos finais de semana.
Segundo Reali, a estimativa é que pelo menos 18 jogos ocorram no mesmo dia em toda a região, e levando em conta os shows, eventos públicos e as ocorrências relacionadas aos pancadões, o processo para conseguir realizar toda a segurança em todas as áreas é considerado complicado.
Outro ponto de debate é encontrar uma alternativa que possa dar segurança aos eventos e ao mesmo tempo não tire a espontaneidade do futebol amador. “Em eventos dos times profissionais, quando a Polícia Militar é acionada para fazer a segurança existe toda a questão de revista, as regras do que pode e não pode. Mas no futebol de várzea tem essa questão da bebida, do churrasco e outras coisas. É preciso encontrar uma maneira de não perder isso, uma maneira que precisa ser pensada por todos, clubes, torcidas, ligas e a Polícia Militar”, seguiu o secretário executivo.
Apoio
Outro ponto em debate é a busca pelo apoio do Ministério dos Esportes para o futebol amador, principalmente em forma de incentivar a prática e por consequência, os torneios que são realizados por cada município. Durante a última reunião houve uma unanimidade em recorrer ao nome do Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, José Luiz Ferrarezi, para entender o que seria possível realizar.
Ferrarezi foi secretário de Esportes e Lazer em Mauá e São Bernardo, além de professor de Educação Física em Diadema, e recentemente esteve reunido com integrantes de algumas ligas. A ideia é que o político possa ser o responsável por conseguir essa interlocução junto ao Ministério. Uma nova reunião será realizada nos próximos dias para avançar sobre os dois temas.