Nos próximos dias a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC anunciará oficialmente o acordo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) para uma agência de crédito na região. Em entrevista ao RDtv, o presidente da entidade, Aroaldo Silva, relatou que a ação é um movimento regional para aproximar os bancos de desenvolvimento com os empresários das sete cidades, principalmente após uma série de reclamações de empresários e empreendedores por dificuldades de acesso ao crédito.
O anúncio será realizado seis anos após o último período com uma parceria do BNDES com a região. A ideia é ampliar esforços e melhorar a relação com o empresariado, pensando no que o Banco pode ajudar no desenvolvimento do ABC. Existe o mesmo objetivo da Agência em realizar algo parecido com o Desenvolve SP.
“Tanto os instrumentos federais quanto os instrumentos estaduais são importantes para ofertar aqui para a região. E também é importante criar os esforços. Quando você me perguntou sobre a inadimplência eu pensei sobre quais esforços regionais conseguimos consolidar. Então os esforços regionais serão importantes nesse debate da oferta de crédito”, explicou Aroaldo.
Enquanto a relação com a estatal nacional segue próxima de um desfecho positivo, a Agência de Desenvolvimento aguarda um posicionamento da nova gestão do Governo do Estado para entender quais serão as regras do Desenvolve SP e como as futuras linhas de crédito podem acontecer. A princípio houve um avanço nas negociações ainda no ano passado, mas com a troca de governador conversas serão retomadas assim que o Estado apresentar o novo modelo.
Inadimplência
A Agência de Desenvolvimento também fechou uma parceria com a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de São Caetano. A ideia é compilar os números regionais sobre a inadimplência, assunto que vem causando preocupação nos comerciantes, principalmente levando em conta a falta de crédito de clientes, o que pode afastá-los do consumo.
“(A parceria) terá o fornecimento dessas informações tanto para as prefeituras, para tentar pensar as políticas públicas, como também para a sociedade de forma geral para tentar articular os mais diversos atores para pensar nesse desafio. Estamos debatendo tanto como resolver o problema de imediato e aí temos que olhar primeiramente para o setor financeiro. Como a gente dialoga, como a gente pode achar outras alternativas. Mas aí queremos fazer um debate um pouco mais amplo, como a gente tenta pensar uma nova forma, um novo modelo regional”, explicou.
Outra parceria que é debatida na Agência é a possibilidade de ações junto ao Sesi. A expectativa é que projetos do Sistema S possam chegar de maneira mais fácil para as prefeituras, levando em conta que algumas já adotaram alguns pontos nos últimos anos, como a implementação do Sistema S na Educação.