É sabido que a pandemia da covid-19 ainda produzirá efeitos por um longo período de nossas vidas. O isolamento provocado pelo excesso de internet e a pouca convivência humana têm provocado mudanças profundas de comportamento. Os casos de doenças, como ansiedade, depressão e automutilação, têm aumentado entre jovens. Não à toa, o Brasil vivencia atualmente uma epidemia de ataques em ambiente escolar.
As crianças, jovens e familiares precisam de suporte psicoemocional para enfrentar os novos desafios de convivência. A educação proposta, tanto em escolas públicas quanto privadas, implica na educação socioemocional dos jovens e passa pelo apoio as famílias. “Se nada for feito, a situação tende a piorar”, alerta André Stábile, membro efetivo do Movimento pela Base Nacional Comum Curricular. “É necessária uma integração entre os sistemas de educação, saúde e assistência social”, diz o Stábile em entrevista ao RDtv.
Presidente fundador do Instituto Educacionista, Stábile pondera que apenas alarmes, câmeras, seguranças e detectores de metais não resolverão o problema. “É necessário uma atuação preventiva que dê suporte emocional aos jovens, professores e familiares”, afirma ao acrescentar, porém, que isso não exclui o dever das escolas de tornarem o ambiente mais acolhedor e inclusivo.
André Stábile explica que, geralmente, quem consegue identificar primeiro os problemas emocionais dos alunos são os professores. “A necessidade da federalização de políticas de educação é urgente”, enfatiza.
“Delegar exclusivamente aos municípios essa atuação é aumentar a chance de desigualdade”, completa o presidente fundador do Instituto Educacionista.