Coudet tem reunião com Atlético-MG após criticar publicamente diretoria e torcida

Apesar de ter um retrospecto positivo em seus poucos meses de Atlético-MG, Eduardo Coudet pode estar com os dias contados em Minas. Após a derrota para o Libertad por 1 a 0, em pleno Mineirão, na estreia de sua equipe na Copa Libertadores, o treinador reclamou publicamente da torcida, que arremessou copos de cerveja em sua direção, e da diretoria do clube por supostas promessas não cumpridas. Nesta sexta-feira, dia 7, ele e os executivos do time farão uma reunião que definirá seu futuro em Belo Horizonte.

O argentino dá a entender que não dificultará uma saída caso esse seja o desejo do clube, já que, na mesma coletiva em que ‘chutou o balde’, disse que seu contrato “está na mesa”. Ele teria solicitado anteriormente que a multa de rescisão fosse desconsiderada para a parte que a pediria em caso de término de contrato, ou seja, caso ele quisesse sair, não precisaria compensar o Atlético-MG financeiramente. Num primeiro momento, o pedido foi rejeitado, mas voltou a ser discutido após a última noite. Eduardo Coudet questionou a mudança de planejamento e a política de transferências do elenco.

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“Eu fiz as últimas vendas? Eu aprovei alguma?”, disse na conferência de imprensa após o jogo com o Libertad. “Vaiaram o Patrick, Edenílson e, antes disso, o Ademir, Nathan, Vargas… com quem vamos jogar?”. De fato, o vaivém dos mineiros neste ano foi bem movimentado, alguns dos atletas que saíram foram Eduardo Sasha, Guga, Nacho Fernández, Keno, Jair e Junior Alonso, bem como o próprio Ademir, citado pelo técnico. Ele diz que não participou de nada disso.

A torcida do Atlético-MG também foi alvo de críticas de Coudet, que reiterou seu desempenho até o momento, com a classificação para a decisão do Estadual e o aproveitamento positivo.

“É normal que joguem cerveja em um treinador com dez partidas ganhas e com uma final no domingo? É normal?”, questionou repetidamente. Até o momento, são dez vitórias, quatro empates e duas derrotas no comando da equipe. No entanto, ele já convive com críticas desde fevereiro, quando alguns adeptos pediram sua saída após empate em 1 a 1 com o América-MG.

“Não vim pelo dinheiro nem por nada, vim pelo desafio esportivo, porque gostei do clube. Mas tudo trocou”, disse o treinador na coletiva, citando que o projeto de contratações mudou desde o início da temporada e que tenta “fazer o possível” para reforçar o time.

As especulações indicam que os executivos do Atlético-MG querem adotar um tom conciliador na reunião desta sexta-feira. Por enquanto, nada indica qual será a decisão definitiva, mas, com uma final tão próxima, o quanto antes reinar a paz entre elenco, comissão técnica e diretoria, melhor.

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