
O número de casos de entupimento das redes coletoras de esgoto de Mauá caiu 11% em 2022, segundo levantamento realizado pela BRK, concessionária responsável pelos serviços de esgoto do município. Foram 866 ocorrências no ano passado, frente a 972 registradas em 2021. Se comparado a 2020, a redução é ainda mais impressionante, uma vez que naquele ano foram 1.381 casos. Os entupimentos normalmente são ocasionados pelo uso indevido da tubulação, como atestam flagrantes registrados ao longo dos serviços de manutenção.
O fato é que quando o sistema de esgotamento sanitário funciona perfeitamente, não conseguimos perceber o quão importante é que tudo corra bem – literalmente falando. Mas quando há um entupimento e um consequente extravasamento, a saúde pública e o meio ambiente ficam ameaçados, sem contar as situações constrangedoras que isso pode provocar.
Como forma de reduzir os casos de entupimentos e extravasamentos, além das campanhas de conscientização junto à população, a BRK promove manutenções preventivas com a limpeza das tubulações. Somente em 2022 foram inspecionados e limpos 254 quilômetros de redes.
Como resultado, uma grande variedade de objetos que não devieram estar na tubulação foram recolhidos. Entre eles, garrafas de cerveja e pet, cabos de vassouras, chinelos, frutas inteiras e alguns mais inusitados como roupas íntimas e até mesmo placas de carro. Esses materiais se acumulam nas redes, impedem a passagem dos efluentes e, como consequência, provocam rompimento da tubulação e extravasamento do esgoto.
“O uso responsável das redes de esgoto influencia diretamente na saúde pública, na preservação do meio ambiente e no bem-estar de todos. Uma atitude incorreta pode resultar em problemas para toda a comunidade. Por isso, sempre alertamos que não se deve usar o esgoto como lixo. São coisas muito distintas e isso precisa ficar claro para todos”, destaca o gerente de operações da BRK, Bruno Gravatá.