Reestruturação da GM chega a São Caetano e sindicato quer evitar demissões

GM em cerca de 7,5 mil trabalhadores segundo o sindicato, mas não se sabe ainda o tamanho do corte de pessoal na unidade. (Foto: Divulgação)

A General Motors de São Caetano, onde trabalham cerca de 7,5 mil pessoas, será afetada, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade por uma reestruturação que a GM estaria fazendo. Essa reestruturação seria global e envolveria o corte de pessoal e a simplificação dos produtos. O sindicato já realizou rodadas de conversas com a direção local da fábrica no sentido de minimizar o tamanho desse corte de pessoal. A empresa nega demissões, mas na fábrica de São José dos Campos já houve corte e o sindicato de lá até determinou estado de alerta para greve se a montadora continuar demitindo pessoal.

Segundo a agência internacional de notícias Reuters, a companhia de origem americana teria divulgado um comunicado dizendo que pretende alcançar US$ 2 bilhões de economia durante dois anos com a redução de despesas corporativas, despesas gerais e complexidade em todos os produtos. Em São José dos Campos, onde a GM produz a Trailblazer e a picape S-10 as demissões mobilizaram todos os trabalhadores. Na terça-feira (07/03) o sindicato dos metalúrgicos daquela região chamou os operários para uma assembleia e foi aprovado o aviso de greve.

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Sindicalista admite que demissões são de difícil reversão. (Foto: Reprodução)

Em São Caetano a mobilização já teve início. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade disse que algumas reuniões já foram feitas com a diretoria da empresa e ele teme que as demissões sejam de difícil reversão. “Como é uma ordem que vem da matriz é difícil reverter, mas estamos conversando, já tivemos algumas reuniões e o objetivo é reduzir ao mínimo o impacto nas demissões. Para o sindicato o ideal seria que nenhum trabalhador fosse cortado, então seja, qual for o número anunciado pela montadora nós vamos negociar para reduzir”, diz.

O sindicalista disse que é difícil a abertura de um PDV (Plano de Demissão Voluntária) onde a empresa oferece algumas vantagens para o trabalhador que quiser se desligar, porém Cidão vai tentar, durante a negociação, limitar os cortes àqueles que já desejam sair da empresa ou aposentados. Essa negociação deve ser concluída até o final deste mês prazo que a empresa teria para enxugar o quadro de funcionários.

Em nota a GM diz que as demissões são pontuais e que a reestruturação não envolve os negócios da companhia na América do Sul. “O plano anunciado nos Estados Unidos não tem impacto local aqui no Brasil, portanto não afeta as fábricas de São Caetano e nem a de São José dos Campos, nem outras operações no Brasil.  O plano anunciado pela GM é focado principalmente em empregados administrativos nos Estados Unidos e, portanto, não envolve os colaboradores da administração e das fábricas da empresa na América do Sul”.

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