Com a chegada das chuvas, é comum que o número de insetos dentro de casa aumente, fator que acende alerta para a transmissão da Doença Diarreica Aguda (DDA), conhecida popularmente como “virose da mosca”. Para se ter ideia, mais de 10 mil pessoas já foram infectadas com a doença na região.
A epidemiologista e docente no curso de Medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Sônia Regina Pereira de Souza, explica que a proliferação da doença é recorrente no verão, período que cresce a população de insetos, em particular moscas e mosquitos. “Na verdade a mosca não é transmissora da doença, ela é o meio de transporte desses microrganismos”, afirma.
Ao pousar em superfícies contaminadas, como solo, água e lixo orgânico, os microrganismos aderem às cerdas presentes nas patas do inseto e são transportados para os alimentos. “Quanto as moscas ou outros insetos voadores pousam, esses microrganismos ficam presos e, assim que pousam no alimento, já o contaminam”, explica.
Entre os principais sintomas estão febre, diarreia, vômitos, dores corporais e dores abdominais. Para se prevenir da doença, a recomendação é: lavar bem as mãos, lavar os alimentos e sempre manter o ambiente limpo. “Também é importante evitar tocar em objetos sujos e comer alimentos mal cozidos”, alerta a epidemiologista.
Casos no ABC
Entre os mais de 10 mil casos confirmados na região, 7.051 foram confirmados em Ribeirão Pires desde 2022. Diadema contabilizou 306 casos da doença neste ano e outros 2.370 casos no ano passado. Foram atendidas 102 pessoas em São Caetano ao longo deste ano, e mais 585 no ano passado. Já Santo André contabilizou 3.065 confirmações este ano e outros 20.033 casos no ano passado.