Começaram as aulas do curso Formação de Agroecológica que a Secretaria de Segurança Alimentar de Diadema oferece a agricultores urbanos e funcionários públicos envolvidos no programa municipal Agricultura Urbana.
O curso é gratuito e é realizado em oito polos, nos bairros, com aulas quinzenais. Serão ministradas 13 oficinas, com aprendizados teóricos e práticos, que levarão conhecimentos, em agroecologia, para mais de 400 munícipes. A maioria é de agricultores urbanos que realizam plantio em 28 hortas comunitárias localizadas em área públicas.
O cultivo das hortas é de subsistência, mas para alguns agricultores, também é uma maneira de aumentar a renda familiar. Outro propósito do programa é incentivar o consumo de alimentos sem agrotóxicos e com isso promover mais qualidade de vida para os envolvidos.
Nos canteiros são plantados vários tipos de verduras, temperos, chás e alguns legumes. Técnicos do Programa Agricultura Urbana orientam os moradores sobre formas de plantios e manejos e a primeira horta é entregue pronta aos agricultores. É um estímulo inicial para que os integrantes da ação sigam em frente e percebam que nas cidades também é possível cultivar alimentos saudáveis.
O que aprender nas oficinas – A formação é ministrada por uma cooperativa de trabalho, a Amater, e durante as oficinas, vários conceitos do plantio agroecológico serão repassados aos participantes. Entre eles, a biodiversidade; como trabalhar cada tipo de solo; aplicação e preparo de compostagens para a adubação; formas de irrigação, sem desperdícios de água e aproveitando as águas das chuvas; como aumentar a resistência das plantas contra ataques de pragas e doenças; e como adotar medidas para prevenção e diminuição de riscos de contaminação.
Outros pontos a serem abordados, são sobre procedimentos pós-produção – armazenamento, processamento, transporte e comercialização, até o consumidor final; economia solidária; formação de organização social e de empreendimentos solidários; formas de comercialização da produção, agregando valor aos produtos; e reconhecimento do agricultor urbano como agricultor familiar.
“Já estou aprendendo coisas novas que vão me ajudar na plantação de verduras, chás e temperos. Eu quero conseguir a certificação agroecológica, porque isso será um aval para mostrar que o que eu produzo tem qualidade”, afirma a agricultora da Horta Comunitária SESI II, bairro Taboão, Ivonete Chagas Moura da Silva.
Para Ivan Santana, da Horta Barbozinha, bairro Serraria, o curso traz enriquecimento de informações e aprendizados de novas técnicas de plantio. “Era justamente o que estávamos precisando aqui na Horta Barbozinha. Com certeza o curso trará novos conhecimentos de como trabalharmos melhor a terra e, assim, vamos obter melhores resultados na produção de alimentos”, conclui.