Turista deve evitar o litoral norte de SP, diz Márcio França

Ele declarou ainda que uma das principais metas do governo federal é retirar moradias das encostas da região (Foto: Banco de Imagens)

A bordo do Navio Multipropósito Atlântico, deslocado pela Marinha para levar ajuda às vítimas das chuvas em São Paulo, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse nesta quinta-feira, 23, que as pessoas só devem se deslocar ao litoral norte de São Paulo “em caso de extrema necessidade”. Segundo ele, apesar de trechos da rodovia Rio-Santos já terem sido desobstruídos, a medida ainda é emergencial. Ele declarou ainda que uma das principais metas do governo federal é retirar moradias das encostas da região.

“Ainda é uma coisa de emergência. A gente não pode recomendar que os turistas voltem pra cá. Ainda há um perigo de chuva por aqui, vai chover no final de semana. O ideal é que as pessoas não venham para o litoral norte, a não ser por extrema necessidade, afirmou. O litoral teve 48 mortes por causa do temporal no feriado e ainda há desaparecidos.

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França chegou à embarcação de helicóptero, pouco depois das 8h da manhã, para conhecer a estrutura colocada à disposição pela Marinha para ajudar às vítimas das chuvas. Maior embarcação da esquadra brasileira, o Atlântico atraca no porto de São Sebastião na manhã desta quinta.

“Esse é um pronto-atendimento que está sendo feito por todas das Forças Armadas, em especial aqui pela Marinha”, afirmou. “Até ontem (quarta-feira, 22), chegamos a R$ 60 milhões de reembolso para toda essa estrutura ser colocada à disposição.”

No Atlântico, são levados seis helicópteros, três embarcações de desembarque de viatura e pessoal, duas lanchas, 180 fuzileiros navais e uma equipe de 28 médicos e militares da área de saúde de diferentes especialidades, incluindo cirurgiões, dentistas, farmacêuticos, pediatras etc.

Indagado sobre quais ações o governo federal está realizando para amenizar o impacto dos temporais, França apontou que a principal medida será realocar moradores das encostas. “A gente já fez várias alternativas, mas a principal mesmo é mais tarde a gente conseguir tirar as pessoas das áreas de risco. Construção de casas populares, especialmente as pessoas que ganham de um a 1,5 salário mínimo, a faixa mais vulnerável”, afirma.

Segundo o governo federal, o Brasil tem cerca de 14 mil pontos de deslizamento, onde vivem aproximadamente 4 milhões de pessoas. “Essas construções vão ser feitas em terrenos que a prefeitura vai arranjar para que o governo possa construir Minha Casa, Minha Vida, para todos eles”, disse França. Ele, no entanto, não deu um prazo para que isso aconteça.

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