O combate à poluição e a queda de emissão dos gases estufa na atmosfera fizeram com que o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) iniciasse um estudo de viabilidade técnica e econômica sobre o destino do biogás produzido no aterro sanitário. Em entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (20/02) o superintendente da autarquia, Ajan Marques de Oliveira, e o superintendente adjunto e responsável pelo Departamento de Resíduos Sólidos, Edinilson Ferreira dos Santos, detalharam as primeiras medidas.
“O nosso prefeito Paulo Serra e a primeira-dama (Ana Carolina Serra) sempre foram muito preocupados com o meio ambiente, e eles nos tem solicitado estudos de algumas alternativas para melhorar a qualidade do ar da nossa cidade e preservar o meio ambiente. Uma das alternativas é essa, aproveitar o gás do aterro”, iniciou Ajan.
Segundo os dados do Semasa, cada um dos 721 mil habitantes de Santo André produzem 1kg por dia de resíduos sólidos, em média, sendo que 50% é de matéria orgânica e que acaba parando no aterro municipal. Esse material acaba gerando dois produtos, um é o chorume que acaba sendo jogado no sistema de tratamento de esgoto. O segundo é o biogás, uma mistura de gases oriundos desta matéria orgânica.
Levando em conta esse último fator, a Prefeitura iniciou um investimento para buscar transformar esse biogás em produto para combustível ou para produção de energia.
“Estamos falando de um projeto que estamos em uma etapa inicial ainda e ele começa com o recurso do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental. E o Departamento de Resíduos Sólidos apresentou uma proposta ao Conselho Municipal de Gestão e Saneamento Ambiental que aceitou essa proposta para estudar essa viabilidade”, explicou Edinilson.
Atualmente esse biogás acaba seguindo para dutos que levam para um incinerador que faz uma queima controlada. Porém tal situação não é vista com sustentável, então a ideia é melhorar essa destinação. Outro ponto é entender o qual é o melhor modelo para isso, público ou uma Parceria Público-Privada (PPP), outro cenário em estudo.
Enquanto tais fatores são estudados, a cidade segue com o aumento dos programas de reciclagem, uma das formas encontradas para aumentar a vida útil do aterro sanitário (que pode ser usado por mais cinco anos, segundo os convidados). Haverá um aumento do programa Moeda Pet para as comunidades e a chegada do Moeda Verde para outros locais da cidade.
Além disso, este ano serão inaugurados outros sete ecopontos, assim alcançando 30 unidades. E os integrantes das cooperativas de reciclagem vão participar de um programa de conscientização da população sobre a importância da reciclagem, principalmente visando pessoas que são mais novas na cidade e que ainda não conhecem o modelo adotado.