ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

Mortes crescem 42,7% e nascimentos caem 17,15% em quatro anos no ABC

Cemitério de Ribeirão Pires (Foto: PMETRP)

Levantamento dos registros civis realizado pelo IBGE (Instituto de Geografia e Estatística) mostra que o número de nascimentos caiu e o de mortes aumentou durante o ano de 2021, o segundo ano de pandemia da covid-19. Em todo o país o número de falecimentos em 2021 superou o recorde ocorrido no ano anterior, e o número de nascimentos foi o menor da série histórica, iniciada em 1974. No ABC não foi diferente; considerando os anos de 2018 a 2021, os nascimentos caíram 17,15% no período e as mortes subiram 42,7%.

Em 2018 o número de nascimentos na região foi de 34.569, caindo ano após ano; 33.021 em 2019; 30.842 no ano seguinte e 28.640 em 2021. No comparativo de sexo, os nascimentos de meninos foi maior em todos os quatro anos, mas cronologicamente o número de mulheres vem crescendo em relação ao de homens. Em 2018 nasceram 845 homens a mais que mulheres no ABC, no ano seguinte a diferença caiu para 717, e para 502 em 2020, sendo que em 2021 foi a menor diferença entre homens e mulheres nascidos vivos; 423.

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Em seis das sete cidades, no levantamento dos quatro anos entre 2018 e 2021, o número de mulheres nascidas vivas foi menor do que o de homens. Somente em São Caetano que a situação se inverteu nos anos de 2018, quando nasceram 25 mulheres a mais do que o número de homens e no ano de 2021 o número de meninas superou o de meninos em 74 nascimentos. Outra curiosidade é que em 2019, em Ribeirão Pires, a diferença entre meninos e meninas foi de apenas um nascimento.

Fonte: IBGE

A gestora do curso de estatística da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Regina Albanese Pose, aponta exatamente a covid-19 como fator principal das mudanças recentes na demografia do país e do mundo. “Já temos até fundamentação teórica, temos literatura novíssima no Brasil que trata disso”, diz a professora baseada no livro que o demógrafo José Eustáquio Diniz Alves escreveu e que aborda o tema. “Realmente a covid mexeu com a demografia do mundo inteiro, em alguns lugares mais, como no Brasil, onde teve também uma questão política mal feita no país. O Eustáquio coloca que no país aconteceu muito o adiamento da gravidez e teve muito divórcio também”, comenta a professora ao explicar a queda no índice de natalidade.

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