Eleito para o terceiro mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) – a partir de 15 de março -, o deputado Luiz Fernando T. Ferreira, do Partido dos Trabalhadores (PT), demonstra preocupação com o perfil do novo governo do Estado de São Paulo. O parlamentar afirma, em entrevista ao RDtv nesta quinta-feira (02/02), que o novo governador montou um time baseado em expoentes do ‘bolsonarismo’. “Estamos muito preocupados com esse pessoal despreparado”, diz.
O deputado integra a segunda maior bancada da casa, com 18 deputados do PT, perdendo apenas para o Partido Liberal (PL), com 19 deputados. “Hoje talvez tenhamos a mais equilibrada Assembleia da história, partidos de centro-esquerda e extrema direita aumentaram sua representatividade na Casa”, explica. Para Luiz Fernando, o parlamento deverá “produzir como nunca” nessa nova legislatura.
Como integrante da oposição na Casa, o deputado promete um combate ferrenho, principalmente das pautas privatistas apresentadas pelo atual governo. Entre elas, uma das mais polêmicas, a privatização da Sabesp. “Temos que resistir”, garante. Contrário à iniciativa, o parlamentar se baseia em dois pontos: água é questão de saúde pública e a Sabesp é uma empresa lucrativa – haja visto que tem até ações na Bolsa de Nova York.
“Ninguém investe em uma empresa que dá prejuízo”, pondera o petista, que prevê o aumento da tarifa, piora do serviço e aumento no desabastecimento – principalmente em regiões periféricas, com a privatização. Recentemente, o deputado protocolou na Alesp um Projeto de Emenda à Constituição (PEC), e um Projeto de Lei (PL), que buscam vetar a privatização e manter o controle acionário da empresa.
Segurança Pública
O Estado de São Paulo vive um dos piores momentos no que diz respeito a Segurança Pública, na visão do parlamentar. “O PSDB detonou a segurança no estado”, afirma Luiz Fernando. Além da defasagem de efetivos policiais – na Polícia Militar e na Civil -, o parlamentar se preocupa com o tráfico de drogas. “Cracolândia não é um problema exclusivo de São Paulo, mas dos grandes centros onde o crack está presente”, explica.
Luiz Fernando defende um estado mais presente, e atuante, no combate às drogas. “Precisamos acolher estas pessoas (usuários), gerar emprego, reintroduzi-los no seio familiar, ou seja, tratar a causa e os efeitos”.